06/09/2018

Papa explica sentido do repouso: momento de contemplação e louvor

por Da Redação, com Boletim da Santa Sé

No ciclo de catequeses sobre os Mandamentos, Papa se dedicou hoje ao “dia do repouso”: momento de contemplar a beleza da vida Da Redação, com Boletim da Santa Sé Papa durante a catequese/ Foto: Reprodução Youtube Vatican Media O sentido do verdadeiro repouso foi o centro da reflexão do Papa Francisco nesta quarta-feira, 5. No […]

No ciclo de catequeses sobre os Mandamentos, Papa se dedicou hoje ao “dia do repouso”: momento de contemplar a beleza da vida

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa durante a catequese/ Foto: Reprodução Youtube Vatican Media

O sentido do verdadeiro repouso foi o centro da reflexão do Papa Francisco nesta quarta-feira, 5. No ciclo de reflexões sobre os Mandamentos, o Santo Padre falou do repouso como momento de contemplação, de olhar para a beleza da vida. Nesse sentido, destacou que o domingo é dia de fazer paz com a vida, agradecer a Deus por ela.

Francisco disse que este mandamento parece fácil de se cumprir, mas esta é uma impressão errada. “Repousar de fato não é simples, porque há o repouso falso e o verdadeiro repouso. Como podemos reconhecê-los?”, questionou.

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O Santo Padre considerou que o conceito de vida que domina hoje é baseado na evasão; a sociedade está sedenta por entretenimento e férias: ganhar dinheiro para divertir-se. Trata-se, porém, de uma mentalidade que desliza para a insatisfação de uma vida anestesiada pelo divertimento que não é repouso, mas alienação e fuga da realidade.

“O homem nunca repousou tanto quanto hoje, e ao mesmo tempo o homem nunca experimentou tanto vazio como hoje! As possibilidades de divertir-se, de sair, de cruzeiros, as viagens, tantas coisas que não te dão a plenitude do coração. Mais ainda: não te dão repouso”.

Já as palavras do Decálogo trazem uma luz sobre o que é o repouso, observou. O repouso em nome de Deus tem um motivo: Deus fez a criação e repousou no sétimo dia. Foi então que Deus iniciou o dia de repouso que, conforme explicou o Papa, é a alegria de Deus por quanto criou, é o dia da contemplação e da benção.

“O que é, portanto, o repouso segundo este mandamento? É o momento da contemplação, é o momento do louvor, não da evasão. É o tempo de olhar a realidade e dizer: como é bela a vida! Ao repouso como fuga da realidade, o Decálogo opõe o repouso como benção da realidade”.

O Papa recordou, neste contexto, o significado do domingo para os cristãos. O centro desse dia é a Eucaristia, que significa “ação de graças”.

“É o dia para dizer a Deus: obrigado, Senhor da vida, pela tua misericórdia, por todos os teus dons. O domingo não é o dia para esquecer os outros dias, mas para recordá-los, abençoá-los e fazer as pazes com a vida. Quantas pessoas têm tanta possibilidade de se divertir e não vive em paz com a vida! O domingo é o dia para fazer as pazes com a vida, dizendo: a vida é preciosa; não é fácil, às vezes é dolorosa, mas é preciosa”.

O Santo Padre acrescentou, por fim, que ser introduzido no autêntico repouso é uma obra de Deus, mas requer o afastamento da maldição e do seu encanto. “A benção e a alegria implicam uma abertura ao bem que é um movimento adulto do coração. O bem é afável e nunca se impõe. Deve ser escolhido”.

“A paz se escolhe, não pode ser imposta e não se encontra por acaso. Afastando-se das dobras amargas de seu coração, o homem tem necessidade de fazer as pazes com aquilo de que ele foge. É necessário reconciliar-se com a própria história, com os fatos que não se aceitam, com as partes difíceis da própria existência”.

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