02/10/2020

O DIA COM OS SANTOS ANJOS

por Comunidade Mariana Boa Semente

    1 – SINAL DA CRUZ   2 – VINDE ESPÍRITO SANTO…   3 – INTENÇÕES   4 – ORAÇÃO INICIAL   A VÓS BONS ANJOS, QUE ROGO (de S. Sofrônio, Patriarca de Jerusalém)   “É a vossa benignidade que rogo e imploro, ó bons e imaculados Anjos e Arcanjos. A vosso poder recorro, […]

 

 

1 – SINAL DA CRUZ

 

2 – VINDE ESPÍRITO SANTO…

 

3 – INTENÇÕES

 

4 – ORAÇÃO INICIAL

 

A VÓS BONS ANJOS, QUE ROGO (de S. Sofrônio, Patriarca de Jerusalém)

 

“É a vossa benignidade que rogo e imploro, ó bons e imaculados Anjos e Arcanjos. A vosso poder recorro, ó intemeratos Espíritos! Obtende-me que pura seja a minha vida, inabalável a minha esperança, ilibados os meus costumes, perfeito e livre de toda ofensa o meu amor para com Deus e para com o próximo. Ah! tomai-me pela mão, conduzi-me, guiai-me por aqueles caminhos que são aceitos a Deus e salutares a mim.” Amém.

 

5 – O QUE A IGREJA ENSINA SOBRE OS ANJOS?

 

“A presença e a ação dos anjos bons e maus estão a tal ponto inseridas na história da salvação, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, que não podemos negar a sua existência e ação.

A Igreja celebra em 29 de setembro a festa litúrgica dos Santos Arcanjos: Miguel (Quem como Deus!), Gabriel (Força de Deus) e Rafael (Cura de Deus). O Catecismo da Igreja afirma sem hesitação a existência dos anjos: “A existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição” (§328).

O Catecismo lembra que: “Cristo é o centro do mundo angélico” (§331). Eles pertencem a Cristo, porque são criados por Ele e para Ele, como disse São Paulo: “Pois foi Nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades, tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1,16). Os anjos também são de Cristo porque Ele os fez mensageiros do seu projeto de salvação da humanidade. “Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus” (§336).

Portanto, não há como negar a existência dos anjos, sem bater de frente com o ensinamento da Igreja, em toda a sua existência. São Paulo ensinava em sua primeira Carta aos fiéis de Colossos: “Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e invisíveis, Tronos, Dominações (ou Soberanias), Principados, Potestades (ou Autoridades): tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1,16).

O primeiro Concílio Ecumênico que confirmou a existência dos seres espirituais foi o de Niceia, em 325, quando fala no Decreto (DS 54), em “coisas invisíveis”: “Creio em um só Deus, Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis”.

Essa verdade foi reafirmada no Concílio de Constantinopla I, em 381. Também o Concílio regional de Toledo, em 400, reafirmou a mesma verdade, dizendo: “Deus é o Criador de todos os seres visíveis; fora d’Ele não existe natureza divina de Anjo, de potência que possa ser considerada como Deus.” O Magistério da Igreja confirmou a realidade dos anjos sobretudo no Concílio de Latrão IV (1215), ao declarar contra o dualismo dos hereges cátaros: “Deus é o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, espirituais e corporais; por sua onipotência no início do tempo criou igualmente do nada as criaturas espirituais e corporais, isto é, o mundo dos anjos e o mundo terrestre; em seguida criou o homem, que de certo modo compreende umas e outras, pois consta de espírito e corpo. O diabo e os outros demônios foram por Deus criados bons, mas por livre iniciativa tornaram-se maus. O homem pecou por sugestão do diabo” (DS 800 [428]).

A existência dos Anjos foi reafirmada, no II Concílio de Lião, sob Gregório X, em 1274, nos seguintes termos: “Cremos em um Deus Onipotente (…), criador de todas as criaturas, de quem, em quem e por quem existem todas as coisas no céu e na terra, visíveis, corporais e espirituais” (D.S., 461).

O Concílio de Florença, sob Eugênio IV (1441-2) pelo Decreto pro-lacobitis, e pela Bula Contate Domine, de 4 de janeiro de 1441 assim se expressou: “A sacrossanta Igreja romana crê firmemente, professa e prega que um só é o verdadeiro Deus (…), que é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, o qual quando quis, por sua vontade criou todas as criaturas, tanto espirituais como corporais” (D.S, 706).

O Concílio de Trento (1545-1563) repetiu o ensinamento tradicional  definido no IV Concílio de Latrão. Lê-se no Catecismo Romano e na profissão de Fé expressa na Bula lniunctum nobis, do Papa Paulo IV de 13 de novembro de 1564: “Deus criou também, do nada, a natureza espiritual e inumeráveis Anjos para que o servissem e assistissem” (1ª parte, Cap. 2, a.1 do Símbolo, n. 17).

O Concílio Vaticano I (1869-1870) pelos decretos 3002 e 3025 da Constitutio de fide catholica (DS, 1873) e Dei Filius, ao condenar certos erros, afirma: “Este Deus único verdadeiro (…), com um ato libérrimo no início dos tempos, fez do nada ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, a angélica e o mundo; depois a criatura humana, como que participando de ambas, constituída de alma e de corpo”. O  mesmo Concílio condenou os que: “Afirmam que fora da matéria, nada mais existe” (Dec.  3022). “Afirmam que as criaturas materiais e espirituais não foram criadas do nada e livremente” (Dec. 3025 – Contra o materialismo, D.S., 1802).

“Se alguém disser que as coisas finitas, quer sejam corpóreas, quer espirituais são emanações da substância divina (…) seja anátema” (Contra o Panteísmo, Cânon 4). Na Encíclica Summi Pontificatus, de 20 de outubro de 1939, Pio XII lamenta que “alguns ainda perguntem se os Anjos são seres pessoais e se a matéria difere essencialmente do espírito” (D.S. 2318).

O Concílio Vaticano II (1962-1965), na Constituição Dogmátca Lumen Gentium, fala claramente dos anjos: “Portanto, até que o Senhor venha com toda sua Majestade, e todos os Anjos com Ele (cf. Mt. 25, 31)” (…) (LG, 49). “A Igreja sempre acreditou estarem mais unidos conosco em Cristo, venerou-os juntamente com a Bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos com especial afeto (…)” (LG,50). No Cap. VIII sobre “A Bem-aventurada Virgem Maria no Mistério da Igreja”, lê-se: “Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os Anjos e todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por ser a Mãe Santíssima de Deus” (LG, 66). “Todos os fiéis cristãos supliquem insistentemente à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que Ela, que com suas preces assistiu às primícias da Igreja, também agora exaltada no céu sobre todos os Anjos e bem aventurados (…)” (LG,69).

No Credo do Povo de Deus, do Papa Paulo VI, de 30 de junho de 1968, o santo Padre afirma: “Cremos em um só Deus, Pai, Filho e Espirito Santo, Criador das coisas visíveis, como este mundo, onde se desenrola a nossa vida passageira; Criador dos seres invisíveis como os puros espíritos, que também são denominados Anjos, e Criador em cada homem, da alma espiritual e imortal”.

Diante de uma certa tendência de negar que os anjos são seres pessoais, mas apenas “instintos” ou “forças neutras”, como se fossem apenas  uma tendência para o bem ou para o mal, o Papa Pio XII na sua encíclica Humani Generis (1959), reafirmou que os anjos são “criaturas pessoais”, dotadas de inteligência sagaz e vontade livre (DS 3891 [2317]).

São Gregório Magno dizia que cada página da Revelação escrita atesta a existência dos Anjos. A presença e a ação dos anjos bons e maus estão a tal ponto inseridas na história da salvação, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, que não podemos negar a sua existência e ação, sem destruir a Revelação de Deus. O fato de muitas vezes os anjos terem sido apresentados de maneira fantasiosa ou infantil, não nos autoriza a negar a sua existência. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada experimental e racionalmente; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade. Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia” (Prof. Felipe Aquino).

 

6 – CONSELHOS DE UM SANTO DE COMO AGIR BEM COM SEU ANJO DA GUARDA

 

Em uma carta escrita em 15 de julho de 1913 a Anitta, São Pio Pieltrecina oferece uma série de valiosos conselhos sobre como agir com relação ao anjo da guarda, às locuções e à oração.

“Querida filha de Jesus:

Que o seu coração sempre seja o templo da Santíssima Trindade, que Jesus aumente em sua alma o ardor do seu amor e que Ele sempre lhe sorria como a todas as almas a quem Ele ama. Que Maria Santíssima lhe sorria durante todos os acontecimentos da sua vida, e abundantemente substitua a mãe terrena que lhe falta.

Que seu bom anjo da guarda vele sempre sobre você, que possa ser seu guia no áspero caminho da vida. Que sempre a mantenha na graça de Jesus e a sustente com suas mãos para que você não tropece em nenhuma pedra. Que a proteja sob suas asas de todas as armadilhas do mundo, do demônio e da carne.

Você tem uma grande devoção a esse anjo bom, Anita. Que consolador é saber que perto de nós há um espírito que, do berço ao túmulo, não nos abandona em nenhum instante, nem sequer quando nos atrevemos a pecar! E este espírito celestial nos guia e protege como um amigo, um irmão.

É muito consolador saber que esse anjo ora sem cessar por nós, oferece a Deus todas as nossas boas ações, nossos pensamentos, nossos desejos, se são puros.

Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível, sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso (…)!

Mantenha-o sempre presente no olho da sua mente. Lembre-se com frequência da presença desse anjo, agradeça-lhe, ore a ele, mantenha sempre sua boa companhia. Abra-se a ele e confie seu sofrimento a ele. Tome cuidado para não ofender a pureza do seu olhar. Saiba disso e mantenha-o bem impresso em sua mente. Ele é muito delicado, muito sensível. Dirija-se a ele em momentos de suprema angústia e você experimentará sua ajuda benéfica.

Nunca diga que você está sozinha na batalha contra os seus inimigos. Nunca diga que você não tem ninguém a quem abrir-se e em quem confiar. Isso seria um grande equívoco diante desse mensageiro celestial.

No que diz respeito às locuções interiores, não se preocupe, tenha calma. O que se deve evitar é que o seu coração se una a estas locuções. Não dê muita importância a elas, demonstre que você é indiferente. Não despreze seu amor nem o tempo para essas coisas. Sempre responda a estas vozes: ‘Jesus, se és Tu quem está me falando, permite-me ver os fatos e as consequências das tuas palavras, ou seja, a virtude santa em mim’.

Humilhe-se diante do Senhor e confie nele, gaste suas energias pela graça divina, na prática das virtudes, e depois deixe que a graça aja em você como Deus quiser. É a virtude que santifica a alma, e não os fenômenos sobrenaturais.

E não se confunda tentando entender que locuções vêm de Deus. Se Deus é seu autor, um dos principais sinais é que, no instante em que você ouve essas vozes, elas enchem sua alma de medo e confusão, mas logo depois a deixam com uma paz divina. Pelo contrário, quando o autor das locuções interiores é o diabo, elas começam com uma falsa segurança, seguida de agitação e um mal-estar indescritível.

Não duvido em absoluto de que Deus seja o autor das locuções, mas é preciso ser cautelosos, porque muitas vezes o inimigo mistura uma grande quantidade do seu próprio trabalho através delas. Mas isso não deve assustá-la; a isso foram submetidos os maiores santos e as almas mais ilustradas, e que foram acolhidas pelo Senhor.

Você precisa simplesmente ter cuidado para não acreditar nessas locuções com muita facilidade, sobretudo quando elas se digam como você deve se comportar e o que tem de fazer. Receba-as e submeta-as ao juízo de quem a dirige espiritualmente. E siga a sua decisão.

Portanto, o melhor a se fazer é receber as locuções com muita cautela e indiferença constante. Comporte-se dessa maneira e tudo aumentará seu mérito diante do Senhor. Não se preocupe com sua vida espiritual: Jesus a ama muito. Procure corresponder ao seu amor, sempre progredindo em santidade diante de Deus e dos homens.

Ore vocalmente também, pois ainda não chegou a hora de deixar estas orações. Com paciência e humildade, suporte as dificuldades que você tem ao fazer isso. Esteja sempre pronta também para enfrentar as distrações e a aridez, mas nunca abandone a oração e a meditação. É o Senhor que quer tratá-la dessa maneira para seu proveito espiritual.

Perdoe-me se termino por aqui. Só Deus sabe o muito que me custa escrever esta carta. Estou muito doente; reze para que o Senhor possa desejar me livrar desse pequeno corpo logo.

Eu a abençoo, junto à excelente Francesca. Que você possa viver e morrer nos braços de Jesus.

Pe. Pio”

 

7 – LADAINHA DOS SANTOS ANJOS DA GUARDA

 

Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

 

Jesus Cristo, ouvi-nos

Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.

Deus o Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós.

Deus o Espírito Santo, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.

 

Santa Maria, Rainha dos Anjos – rogai por mim.

Anjo do Céu, que é meu tutor – rogai por mim.

Anjo do Céu, a que me guia como superior – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem dá-me conselho de beneficência – rogai por mim .

Anjo do Céu, quem dá-me sensata direção – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem tem o lugar de um diretor – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem me ama ternamente – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem me auxilia e consola – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem me acompanha como um bom irmão – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem se encarrega da verdade e da salvação – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem me guia com a caridade de pastor – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem testemunha todas as minhas ações – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem me ajuda em todos os meus compromissos – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem está continuamente a vigiar-me – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem intercede por mim – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem leva-me pela mão – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem endireita todos os meus caminhos – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem defende-me com zelo – rogai por mim.

Anjo do céu, quem conduzi-me com sabedoria – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem guarda-me de todo perigo – rogai por mim.

Anjo do Céu, quem dissipa as trevas e ilumina a mente – rogai por mim.

 

Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, salvai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, ouvi-nos.

Cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo, tende piedade de nós.

 

Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.

Rogai por nós, Anjo da Guarda, para que sejamos dignos das promessas de Jesus Cristo.

 

Oremos: Onipotente e eterno Deus, que por uma inefável graça de vossa bondade tens dado a cada um dos fiéis um anjo guardião do corpo e da alma, concedei que eu possa ter para com meu Anjo, que me deu a Vossa misericórdia, tanto respeito e amor, que, protegidos pelas vossas graças e dons, eu possa merecer para ir ao céu, para contemplar-Vos com ele e os outros espíritos, o brilho da Vossa glória. Amém.

 

8 – ORAÇÃO FINAL

 

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade Divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém.

 

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Fontes consultadas

– <https://www.google.com/amp/s/pt.aleteia.org/2014/02/17/o-que-a-igreja-ensin a-sobre-os-anjos/amp/.

– <https://www.google.com/amp/s/pt.aleteia.org/2015/05/14/o-padre-pio-e-os-an jos-da-guarda/amp/>.

– <http://filhosespirituaisdepepio.blogspot.com/2012/12/ladainha-dos-santos-an jos-da-guarda.html?m=1>.

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