03/11/2016

Bispo sobre Papa na Suécia: todo esforço ecumênico é muito bem-vindo

por Cidade do Vaticano (RV)

Amigo ouvinte, o quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua dando voz aos nossos pastores. Na edição de hoje iniciamos a participação do bispo de Garanhuns, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, que estará conosco estes dias neste espaço de formação e aprofundamento. Vale lembrar que o Vaticano II foi um Concílio ecumênico […]

Amigo ouvinte, o quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua dando voz aos nossos pastores. Na edição de hoje iniciamos a participação do bispo de Garanhuns, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, que estará conosco estes dias neste espaço de formação e aprofundamento.

Vale lembrar que o Vaticano II foi um Concílio ecumênico e pastoral. Como se sabe, um dos notáveis esforços do Concílio deu-se justamente no campo do ecumenismo, para o qual houve um grande impulso. A Unitatis redintegratio, Decreto conciliar sobre o ecumenismo, é expressão desse impulso.

Nessa mesma linha, tivemos um passo ulterior com a Carta encíclica “Ut Unum Sint” (Que todos sejam um) do Papa João Paulo II, de 25/05/1995.

O Pontificado do Papa Francisco tem se caracterizado também por um significativo esforço no campo da relação com as outras confissões cristãs. Nesse sentido, insere-se a viagem apostólica que o Sucessor de Pedro acaba de fazer à Suécia, onde esteve nos dias 31 de outubro e 1º de novembro para a Comemoração Comum Luterano-Católica da Reforma e por ocasião dos 50 anos de diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Luterana.

Como é sabido, em ambiente católico nem todos viram com bons olhos esta visita do Papa à Suécia para esta ocasião, vez que esta divisão representada pela Reforma constitui uma ferida aberta para os cristãos.

Pois bem, na edição de hoje o bispo desta Igreja particular de Pernambuco atém-se propriamente a este evento ecumênico da Suécia para uma mais que oportuna elucidação. Dom Paulo observa que tanto para a “Federação Luterana Mundial” – da Igreja luterana, quanto para a Igreja católica – através do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, eles estabeleceram a porta do diálogo a partir da categoria “memória”, não a partir da categoria “celebração”.

Ou seja, para ambas as Igrejas, a Reforma protestante não deve ser celebrada, mas deve ser “co-memorada”, comemorar significa fazer memória de algo, ressalta o Bispo de Garanhuns.

Portanto, não se trata de celebrar, fazer cerimônia festiva, realizar uma festa para… – acrescentamos nós. Dom Paulo recorre à etimologia da palavra em questão, a seu sentido mais genuíno, co-memorar – lembrar juntos, trazer à memória.

No caso, “fazer memória de algo (a Reforma) que é, por um lado, uma chaga de divisão, mas podemos também ler este evento como uma possibilidade de abertura cada vez maior de diálogo” – continua ele.

“Esse foi o objetivo da visita do Papa à Suécia”, pontua e corrige oportunamente o bispo de Garanhuns, acrescentando que “todo esforço feito nesse sentido é muito bem vindo “e será um modo de vivermos o ideal de Jesus – Que todos sejam um”.

A visita do Santo Padre à Suécia nesta ocasião foi um ulterior esforço da Igreja católica nesta direção. Uma iniciativa do Papa à qual Dom Paulo se refere afirmando-nos, em suas primeiras palavras, que Francisco nos surpreende a cada dia. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

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