14/10/2020

3°DIA DO TRIDUO A SANTA TERESA D’AVILA

por Boa Semente

  1- SINAL DA CRUZ 2 – VINDE ESPÍRITO SANTO… 3 – INTENÇÕES: 4 – ORAÇÃO INICIAL (Laudes – da liturgia das horas própria de santa) Ó Deus, que pelo Espírito Santo fizestes surgir Santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da perfeição, dai-nos encontrar sempre alimento em sua doutrina celeste e sentir em […]

 

1- SINAL DA CRUZ

2 – VINDE ESPÍRITO SANTO…

3 – INTENÇÕES:

4 – ORAÇÃO INICIAL
(Laudes – da liturgia das horas própria de santa)

Ó Deus, que pelo Espírito Santo fizestes surgir Santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da perfeição, dai-nos encontrar sempre alimento em sua doutrina celeste e sentir em nós o desejo da verdadeira santidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

5 – APRENDENDO COM A SANTA SOBRE OS GRAUS DA ORAÇÃO:

3º GRAU DA ORAÇÃO*

“Este tema ocupa o centro de sua autobiografia, mais precisamente a partir do capítulo 11 do Livro da Vida.

Para falar dos graus da oração, Santa Teresa usa a imagem de um jardim que o principiante, ou seja, aquele que decide ter vida de oração vai cultivar em terreno ruim, devendo, portanto, fazer brotar ‘flores de perfume suavíssimo’ para agradar ao Senhor. Sua metodologia sugere quatro maneiras de regar esse jardim para atingir o objetivo, nesse caso, fazer crescer as virtudes no terreno pedregoso da alma, tornando-o fértil para o deleito de Sua Majestade. A santa afirma que ela mesma passou por cada um desses graus e seu intuito é mostrar que amar a Deus com perfeição é um caminho que exige tempo.

‘QUEM PRINCIPIA DEVE TER ESPECIAL CUIDADO, COMO QUEM FOSSE PLANTAR UM JARDIM, PARA DELEITE DO SENHOR, EM TERRA MUITO IMPRODUTIVA.’

Agora conheceremos o terceiro modo: a terceira água usada para regar o jardim é vinda ‘de um rio ou arroio’ . Como no grau anterior, este também exige trabalho no começo, pois é necessário canalizar a água do rio ou da fonte. Apesar de tanto esforço no início, o jardineiro poderá deleitar-se ao ver o jardim tão bem irrigado; a suavidade e a consolação é bem maior nesta forma de cultivo e o próprio Deus, muitas vezes, se encarrega do ofício da jardinagem.

A alma que atinge esse grau de oração é incapaz de explicá-lo, pois as graças são tão grandes que a compreensão humana não as alcança. A incompreensão pode ser tamanha, a ponto da alma não desejar nem seguir adiante nem retroceder.

Segundo Santa Teresa, o Senhor prepara, para quem chega a este ponto, cruz pesada e leve ao mesmo tempo. Pesada porque mesmo com a suavidade, a alma nunca deseja descansar e em tudo pode achar que não serviu a Deus o suficiente, desejando sempre carregar uma cruz maior. A humildade deve ser cultivada com maior atenção.

Esse grau de oração ‘pré-extático’ é também chamado de ‘sono das potências da alma’, pelo fato que praticamente é Deus que realiza quase todo o trabalho. A alma prova descanso e aqui a alegria e doçura são muito maiores que no grau anterior.

Santa Teresa usa o exemplo antigo da vela na mão do moribundo, porque esse grau é praticamente um sentimento de quase morte para todas as coisas desse mundo e a alma deseja apenas estar na presença de Deus.

Quando Teresa fala desse grau no capítulo 16 do livro da vida, diz ter experimentado esse modo de oração a uns cinco ou seis anos atrás. Referia-se às suas experiências de oração no ano 1559, ou seja, já na idade de 44 anos. Até para ela foi difícil identificar a passagem do terceiro para o quarto grau, somente depois de algum tempo, percebeu a diferença.

Quem chega a esse grau prova um amor tão grande que se sente fora do próprio corpo sem saber como acontece. ‘É como estar louco por amor’, diz Santa Teresa, sabendo que não merece dom tão precioso. A alma deseja estar livre das ocupações do mundo, comer, dormir, porque nesse ponto não deseja mais viver em si mesmo, mas em Deus.

É um grau da oração onde o jardineiro pode descansar no Senhor, é um abandonar-se completamente nos braços de Deus. Não importa onde este o levaria, seja para o céu ou para o inferno, o jardineiro estaria feliz. Se chegasse a morte é justamente o que deseja, se pelo contrário deve viver, tudo bem, porque a alma não pertence mais ao jardineiro, é toda de Deus.

Uma coisa muito interessante acontece com quem chega a esse grau da oração: percebe que tudo aquilo que levou anos para construir, o dono do jardim realiza em poucos minutos. Somente aí o jardineiro poderá sentir o perfume das flores e aproveitar as maravilhas daquele jardim. Aqui também a humildade deve ser grande, para aceitar que não somos nada diante de Deus.

Quando falamos nesse grau sobre uma quase total união da alma com Deus, não é nada mais do que o fato de conformar a nossa vontade com a vontade divina. Quando chegarmos a esse ponto, nada mais nesse mundo nos decepcionará.

Uma das diferenças da oração de quietude, apresentada anteriormente, é que no terceiro grau a alma deseja estar como no santo ócio de Maria, podemos dizer, em plena contemplação. Mas, aqui poderá também fazer a parte de Marta, ou seja, entende que é possível conciliar vida ativa e contemplativa. Isso é uma das grades características da espiritualidade carmelitana.

Apesar de muito bom, esse grau da oração não é ainda perfeito. Porque mesmo tendo elevado a vontade e o intelecto, não desejando nada e não precisando raciocinar estando ocupado demais com as coisas de Deus, permanecem em atividade a memória e a imaginação, essa última chamada de louca por Santa Teresa.

‘AQUI VEJO O MAL QUE O PECADO NOS CAUSA, SUJEITANDO-NOS A NÃO FAZER O QUE QUEREMOS: ESTAR SEMPRE OCUPADOS COM DEUS’.

Essa louca sentindo-se sozinha, às vezes pode tentar colocar tudo a perder impedindo a alma de dedicar-se totalmente a Deus. O remédio encontrado por Santa Teresa depois de anos de luta é não escutar mais a imaginação, como se faz com o discurso de um louco. Deixar a imaginação com sua teimosia e não lutar contra ela porque apenas Deus pode tirá-la.

Por fim, uma recordação de Santa Teresa para esse grau: quando a alma recebe essas consolações e precioso repouso, também o corpo participa dessas alegrias, nossas virtudes atingem um grau muito elevado. Ou seja, é natural que reconheçamos quando uma pessoa tem vida de oração.”

(Continua)

* Frei Juliano Luiz da Silva, O.Carm

6 – MEDITAÇÃO PESSOAL:

7 – COROA EM HONRA A SANTA TERESA D’AVILA (3°parte)
(Atribuída a Santo Afonso Maria de Ligorio)

Amorosíssimo Senhor Jesus Cristo, graças vos damos pelo dom particularíssimo da chaga do coração que concedestes à vossa muito amada Teresa. Pelos vossos merecimentos e pelos desta grande santa, a vossa seráfica esposa, vos suplicamos uma semelhante chaga de amor, para que no futuro não amemos nem pensemos mais em amar senão a vós só. – Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Amadíssimo Senhor Jesus Cristo, graças vos damos pelo dom deste vivo desejo da morte, que concedestes à vossa muito amada Teresa. Pelos vossos merecimentos e pelos desta grande santa, a vossa inseparável esposa, vos suplicamos uma boa morte, para irmos vos possuir eternamente na pátria feliz. – Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Fidelíssimo Senhor Jesus Cristo, graças vos damos pelo dom dessa morte preciosa, que concedestes à vossa amada Teresa fazendo-a expirar docemente pela fôrça do seu amor. Pelos vossos merecimentos e pelos desta grande santa, a vossa mui afetuosa esposa, vos suplicamos dar-nos uma boa morte : faze i que expiremos, se não pela fôrça do vosso amor, ao menos ardendo em amor para convosco, a fim de que, morrendo assim, possamos ir vos amar eternamente com um amor mais perfeito no céu. – Pai Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

Oremos
V/. Rogai por nós, Santa Teresa,

R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos.
Atendei-nos, ó Deus, que sois a nossa salvação, a fim de que, como nos comprazemos em celebrar a memória da vossa bem-aventurada virgem Santa Teresa, sejamos nutridos pelo pão da sua celeste doutrina e penetrados pelos sentimentos de uma terna devoção. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.

8 – ORAÇÃO FINAL
(De Santo Afonso Maria de Ligorio)

Ó seráfica Teresa, agora que gozais daquele Deus a quem tanto amastes durante a vossa vida, tende compaixão de nós, que ainda cá estamos no meio de tantos perigos de perdê-lo. Obtende-nos pelas vossas orações a graça de irmos convosco amar eternamente o vosso Deus no paraíso. Amém.

Santa Teresa D’Avila, Reformadora do Carmelo – Rogai por nós.
Santa Teresa D’Avila, Mestra da vida espiritual – Rogai por nós.
Santa Teresa D’Avila, Doutora da Igreja – Rogai por nós.


FONTES CONSULTADAS
– Liturgia das Horas – versão online
– OBRAS COMPLETAS DE SANTA TERESA DE JESUS – Ed. Vozes (1961)
– ÀS MAIS BELAS ORAÇÕES DE SANTO AFONSO – Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e traduzidas para o português por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes/1961, “Devoção aos Santos”
– http://carmelitas.org.br/index.php/2020/05/28/aprenda-com-santa-teresa-de-jesus-1o-grau-da-oracao/

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