Papa no Angelus: “Só em Cristo se encontra a paz verdadeira”
No Angelus deste domingo, 19, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco referiu-se ao Evangelho deste XII Domingo do Tempo Comum e à pergunta formulada por Jesus aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que Eu sou?”(Lc 9,18-24).
“Jesus conhece o coração do homem como nenhum outro. Por isto pode-o sarar, dando-lhe vida e consolação”, lembrou o Santo Padre
Da redação, com Rádio Vaticano
No Angelus deste domingo, 19, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco referiu-se ao Evangelho deste XII Domingo do Tempo Comum e à pergunta formulada por Jesus aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que Eu sou?”(Lc 9,18-24).
A esta interrogação, os discípulos apressaram-se a responder que alguns dizem que Jesus é João Batista, outros que é Elias, outros que é um antigo profeta que ressuscitou.
Jesus dirigiu-se, então, diretamente aos discípulos perguntando: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” Pedro responde de imediato dizendo: “És o Messias de Deus”. “Desta forma, – explicou o Papa – Jesus percebe que os Doze, e em particular Pedro, receberam do Pai o dom da fé; e por isto começa a falar abertamente daquilo que o espera em Jerusalém, ou seja, que o Filho do Homem deve sofrer muito, ser recusado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”.
Segundo o Papa, estas perguntas de Jesus são hoje também feitas a cada um de nós somos chamados a fazer da resposta de Pedro a nossa resposta, “porque todos temos necessidade de respostas adequadas às nossas profundas interrogações existenciais” – declarou o Papa que afirmou que é “em Cristo” que se encontra a “paz verdadeira”.
“Em Cristo, só n’Ele, é possível encontrar a paz verdadeira e o cumprimento de cada humana aspiração. Jesus conhece o coração do homem como nenhum outro. Por isto pode-o sarar, dando-lhe vida e consolação”.
Nesta passagem do Evangelho de Lucas, Jesus, depois do diálogo com os discípulos, dirige-se a todos e diz: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de todos os dias e siga-Me”. “É a cruz do sacrifício pelos outros com amor”, afirmou Francisco:
“Não se trata de uma cruz ornamental, ou ideológica, mas é a cruz da vida, do próprio dever, do sacrificar-se pelos outros com amor, pelos pais, pelos filhos, pela família, pelos amigos e também pelos inimigos, é a cruz da disponibilidade a ser solidários com os pobres, a empenhar-se pela justiça e a paz”.
“Abandonemo-nos confiantes em Jesus, nosso irmão, amigo e salvador”, disse ainda o Papa. “Ele, mediante o seu Santo Espírito, nos dá a força de andar em frente no caminho da fé e do testemunho. E neste caminho sempre está próxima de nós Nossa Senhora” – afirmou.
Após a oração do Angelus destaque para a saudação do Papa Francisco aos irmãos da Igreja Ortodoxa e a celebração da Solenidade do Pentecostes segundo o calendário Juliano. Francisco recordou o início em Creta do Concílio Panortodoxo e, por esta razão, rezou uma Ave-Maria.
O Santo Padre referiu também a beatificação da Irmã Maria Celeste Crostarosa, fundadora da Ordem do Santíssimo Redentor.
O Papa Francisco chamou a atenção para o Dia Mundial do Refugiado promovido pela Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira dia 20 de junho. O Santo Padre reafirmou que os refugiados são pessoas às quais “a guerra tirou casa, trabalho, parentes amigos”.
Segundo Francisco as histórias e os rostos dos refugiados chamam-nos a “renovar o empenho para construir a paz na justiça. Por isto, queremos estar com eles: encontra-los, acolhe-los, escuta-los” – disse ainda o Papa.
Francisco pediu aos fiéis para que rezem por ele e a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.
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