15/10/2015

Papa dedica catequese às crianças e pede perdão por escândalos

Na catequese, Papa falou da necessidade de cumprir promessas feitas às crianças antes delas virem ao mundo; também pediu perdão por “escândalos” na Igreja

Na catequese, Papa falou da necessidade de cumprir promessas feitas às crianças antes delas virem ao mundo; também pediu perdão por “escândalos” na Igreja 

Da Redação, com Rádio Vaticano

A catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 14, foi dedicada às crianças. Seguindo o ciclo de reflexões sobre família, Francisco começou renovando o pedido de perdão pelos “escândalos” dos abusos cometidos contra elas.

“A palavra de Jesus hoje é forte: ‘Ai do mundo por causa dos escândalos!’. Jesus é realista, diz que é inevitável que escândalos aconteçam, mas ‘ai do homem pelo qual o escândalo vem!’. Antes de começar a catequese, quero pedir – em nome da Igreja – perdão pelos escândalos que foram cometidos nos últimos tempos, seja em Roma como no Vaticano. Peço perdão”.

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.: Íntegra da catequese

Francisco comentou, então, as promessas que são feitas às crianças, especialmente aquelas decisivas para as expectativas em relação à vida. “Até que ponto somos leais às promessas que fazemos às crianças, ao fazê-los vir ao nosso mundo?”, perguntou o Papa, explicando que acolhida e cuidado, proximidade e atenção, confiança e esperança são promessas fundamentais que levam a uma só: o amor.

“Esta é a maneira mais justa de acolher um ser humano que vem ao mundo, e todos nós aprendemos, antes mesmo de ter consciência disso. É uma promessa que o homem e a mulher fazem a cada filho: desde quando é concebido no pensamento”, afirmou o Pontífice.

Ao recordar que as crianças que vêm ao mundo esperam a confirmação dessa promessa, o Papa alertou que, quando essas promessas não são cumpridas, as crianças são feridas por um ‘escândalo’ insuportável e não têm os meios para decifrá-lo.

Com uma citação do Evangelho de Mateus, na qual Jesus diz que “os anjos das crianças veem continuamente a face de meu Pai”, o Papa destacou ainda a crença das crianças em Deus, algo que merece respeito.

“A espontânea confiança das crianças em Deus não dever ser ferida jamais… A ternura e o misterioso laço de Deus com a alma das crianças nunca deveria ser violado (…) Somente se enxergarmos as crianças com os olhos de Jesus, poderemos realmente entender como, ao defender a família, protegemos a humanidade”.

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