Francisco propõe atos de misericórdia em preparação à JMJ
Papa sugere a jovens que de janeiro a julho de 2016 escolham uma obra de misericórdia corporal e uma espiritual para colocar em prática a cada mês
Papa sugere a jovens que de janeiro a julho de 2016 escolham uma obra de misericórdia corporal e uma espiritual para colocar em prática a cada mês
Da Redação, com Rádio Vaticano
“Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7) é o tema da Mensagem do Papa Francisco para a 31ª Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia 2016.
Cracóvia acolherá uma Jornada especial, que Francisco definiu como um “Jubileu dos jovens”. Será a primeira a ser celebrada depois da canonização de João Paulo II, idealizador das JMJs e, sobretudo, se inserirá no Ano da Misericórdia convocado pelo Papa.
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A misericórdia é uma realidade concreta
Francisco exorta os jovens a compreenderem que o amor de Deus pelo seu povo é como o de uma mãe ou de um pai por seu filho: um amor capaz de “criar dentro de mim espaço para o outro, sentir, sofrer e alegrar-me com o próximo”, um amor “fiel, que perdoa sempre”.
Por isso, o Pontífice destaca que na misericórdia está sempre incluído o perdão, porque não se trata de uma ideia abstrata, mas de uma realidade concreta. Em Jesus, “tudo fala de misericórdia”, ou melhor “Ele próprio é misericórdia”, e a “síntese de todo o Evangelho” está nisto: “a alegria de Deus é perdoar”.
Confessionário, lugar da misericórdia
No texto, o Papa recorda sua experiência juvenil quando, aos 17 anos, o encontro com um sacerdote, durante a Confissão, mudou a sua vida. Ele faz então um convite aos jovens para se aproximarem deste Sacramento e explica que quando se abre o coração com humildade e transparência, pode-se contemplar de forma concreta a misericórdia de Deus.
O confessionário é “o lugar da misericórdia”, destaca Francisco, porque “o Senhor nos perdoa sempre” e nos olha com um olhar de amor infinito, para além de todos os nossos pecados, limitações e fracassos.
Misericórdia não é bonomia nem sentimentalismo
Francisco adverte que a misericórdia não só se recebe, mas se coloca em prática. “Só seremos realmente felizes se entrarmos na lógica divina do dom, do amor gratuito, sem medida”.
Recordando que “a misericórdia não é bonomia nem mero sentimentalismo”, o Papa faz um proposta aos jovens: escolher, entre janeiro e julho de 2016, mês da Jornada, uma obra de misericórdia corporal e uma espiritual para colocar em prática a cada mês. A mensagem da Divina Misericórdia, recorda Francisco, é “um programa de vida muito concreto e exigente”, que implica obras, entre as quais perdoar que nos ofendeu.
Justiça e misericórdia caminham juntas
Num mundo em que os jovens se declaram cansados, em meio a tantas guerras e violência, o Papa reitera que a misericórdia é o único caminho para vencer o mal. A justiça, escreve ele, é necessária, mas não suficiente, porque “justiça e misericórdia devem caminhar juntas”.
Cracóvia nos espera!
“Cracóvia espera-nos com os braços e o coração abertos!”, afirma ainda o Papa aos jovens, “vinde a Ele e não tenhais medo”.
JMJ e Jubileu
Em 2016, pela terceira vez uma JMJ coincidirá com um Ano Jubilar. A primeira vez foi em 1983-84, durante o Ano Santo da Redenção. Depois, o Grande Jubileu do Ano 2000, quando mais de dois milhões de jovens de cerca de 165 países se reuniram em Roma para a 15ª JMJ
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