23/02/2017

Ensino religioso nas escolas não é doutrinação, afirma bispo

Frente à exclusão do ensino religioso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Brustolin, reforçou que ter esta disciplina nas escolas não se trata de doutrinar os estudantes sobre uma confissão religiosa.

Frente à exclusão do ensino religioso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Brustolin, reforçou que ter esta disciplina nas escolas não se trata de doutrinar os estudantes sobre uma confissão religiosa.

Para Dom Brustolin, incluir o ensino religioso nas escolas corresponde a educar para a convivência pacífica no que diz respeito à religiosidade.

“Basta observar as graves crises de terrorismo, discriminação e fundamentalismos que estão abalando o século XXI”, indicou o Prelado ao site da Arquidiocese de Porto Alegre.

Dom Brustolin, que também é Bispo referencial para a Educação e Cultura do Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pontuou que “a geração técnico-científica decidiu prescindir da dimensão religiosa e está pagando muito caro para conseguir a harmonia”.

Para o Prelado, a defesa do ensino religioso escolar é importante para garantir uma educação integral e cidadã. “A integralidade supõe incluir as ciências humanas na formação da pessoa”, manifestou.

Nesse sentido, ressaltou que “o componente do Ensino Religioso é determinante para desenvolver atitudes que implicam na paz da sociedade”. Entre tais atitudes, citou: “o diálogo, o respeito, a tolerância e a reverência religiosa”.

Do mesmo modo, salientou que a religião trabalha o aspecto do simbólico e do sentido da existência humana. Segundo o Bispo, “seria um grave reducionismo negar essa dimensão na formação cidadã”.

O Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso (FONAPER) também se pronunciou através de um manifesto contra a exclusão do ensino religioso da 3º versão da BNCC.

O FONAPER assinala que a manutenção do ensino religioso na “3ª versão da BNCC reflete a vontade de educadores e sistemas de ensino quanto ao que deve ser aprendido nas escolas brasileiras”.

“Considerando que não houve diálogo MEC com as pessoas e instituições envolvidas com essa área de conhecimento, o FONAPER entende que a exclusão do ER da BNCC é um ato arbitrário e contraditório que será contestada em diferentes instâncias”, conclui.

Por ACI Digital

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