21/02/2015

Encontro do Papa com o clero romano: vida de oração e Eucaristia

O Papa Francisco recebeu, na manhã desta quinta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, os párocos da Diocese de Roma.

O Papa Francisco recebeu, na manhã desta quinta-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, os párocos da Diocese de Roma.

Segundo o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, no encontro anual com os Párocos, o Santo Padre pronunciou um discurso espontâneo e respondeu a algumas perguntas dos sacerdotes.
O tradicional encontro do Bispo de Roma com o clero romano teve como tema central a “ars celebrandi”, a arte de celebrar, ou seja, de modo particular sobre a homilia na celebração Eucarística. O assunto tratado refere-se à Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”.

Com efeito, os sacerdotes se prepararam para este encontro anual com o Papa mediante a leitura de um texto que o então Cardeal Bergoglio fez, em 2005, aos membros da Congregação para o Culto Divino, sobre a “Ars celebrandi”.
Em tal pronunciamento o futuro Papa ressaltava a necessidade de um sacerdote meditar sobre o sentido do mistério da celebração Eucarística, para depois comunicá-lo à comunidade de fiéis, de modo a conformar-se com ele. Isto, porém, dizia o Cardeal Bergoglio, requer uma fé viva e nutrida e um firme espírito de oração.

No entanto, disse o então Cardeal, uma firme vida de oração, acompanhada de uma “leadership” humilde, mas incisiva, pode levar o povo de Deus a intuir, que ele é um sacerdote que sabe viver a liturgia e, sobretudo, revestir-se do Senhor Jesus.

O futuro Papa Francisco frisava ainda, em seu pronunciamento, que a celebração Eucarística não é um “ato de caridade”, mas um “ato de justiça” que o pastor faz ao seu rebanho. Logo, a sua homilia não deve ser, simplesmente, uma leitura, um anúncio ou uma pregação, mas uma oração sincera, que toca o coração.

Enfim, o Cardeal Bergoglio sugeria evitar alguns comportamentos como aquele de um padre “showman”, que investe suas energias em uma espécie de animação superficial; ou então um padre com a “síndrome de Marta”, ou seja, sempre ocupado com tantas atividades, que não dispõem de tempo suficiente para uma digna celebração da Eucaristia.

A respeito da audiência do Papa com o clero romano, eis o que nos disse o Cardeal Vigário para a Diocese de Roma, Agostino Vallini, que fez uma saudação ao Papa, em nome dos sacerdotes presentes::

“Foi uma manhã muito bela e enriquecedora, que catalizou a atenção dos sacerdotes presentes neste encontro, aos quais se acrescentam sempre outros sacerdotes e estudantes de Universidades Pontifícias. O Santo Padre ressaltou em suas palavras espontâneas que o sacerdote deve estar ciente de ser ministro de Cristo, colaborador da experiência do mistério divino, mediante uma profunda vida espiritual. A celebração eucarística de um sacerdote deve brotar de uma vida de fé e do serviço ao povo de Deus, evitando certos extremismos. Este encontro foi uma ocasião para aprofundar e melhorar a qualidade do nosso ministério sacerdotal”.

Fonte: Rádio Vaticano

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