15/03/2014

Dom Orani: “Um mundo novo é possível!”

Por: Fabíola Goulart (fabiolagoulart@testemunhodefe.com.br)

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu a Santa Missa na comunidade de Cerro Corá, na Zona Sul carioca, nesta manhã de sábado, 15 de março. A celebração faz parte do calendário da Missa Rio Celebra, que todos os sábados é realizada em uma igreja de um dos sete vicariatos territoriais da Arquidiocese.

O cardeal foi acolhido com alegria por fiéis da Paróquia São Judas Tadeu, que tem sua matriz no Cosme Velho, e por demais moradores das comunidades aos pés do Cristo Redentor. Na celebração, estavam presentes o vigário episcopal do Vicariato Sul e pároco local, padre Henrique Jorge Diegues, e outros padres do vicariato. Membros da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Cerro Corá também estavam presentes para celebrar um ano da ocupação na área.

Em sua homilia, Dom Orani focou no desafio que a leitura do evangelho do dia lançou, aparentemente impossível de se colocar em prática: amar verdadeiramente os inimigos. Para ele, essa palavra coloca a todos uma nova perspectiva, um novo jeito de ser, em que não se deve levar o rancor, o ódio no coração, mas sim a preocupação em com que o outro seja feliz.

“Quanto mais nos doamos, mais encontramos a vida. Quanto mais procuramos a reconciliação e o perdão, mais experimentamos a vida nova”, complementou.

Segundo o arcebispo, os mandamentos de amor que o Senhor dá ao seu povo não devem ser encarados como obrigação, mas acolhidos no coração do fiel. “Que Ele coloque em nosso coração a Palavra da Verdade e o dom do Espírito Santo, para que os cristãos do mundo inteiro sejam fermento no meio da massa e façam que toda a sociedade seja levedada, seja transformada, seja mudada através do exemplo da vida cristã”, provocou.

Exemplos dessa transformação são dados em vários lugares do mundo, como onde os cristãos são minoria, mas, através do seu jeito novo de viver, levam outras pessoas a se questionarem e a mudarem o seu coração e sua realidade a partir de um encontro com Cristo, segundo Dom Orani.

“E ai é que está o desafio. Nós, cristãos e católicos, em nossa cidade, em nossas comunidades, percebermos que é necessário ter um outro coração, outro tipo de pensamento, onde eu penso não no que me interessa, na minha projeção, nem nas coisas que eu quero, ou ser mais que os outros, mas de fazer o outro feliz. Esse amor ao próximo, como aparece com muita clareza na liturgia de hoje, mais do que um mandamento, é presença de Deus no coração de cada um de nós, o transformando”, esclareceu.

Com testemunho cristão, construir um mundo novo

O cardeal também citou o Papa Francisco que tem observado muitas vezes o chamado da Igreja em ser sinal de uma boa notícia a todos, como um hospital de campanha, que cura e acolhe todos os doentes e machucados.

“Nós sabemos que, quanto mais nós vamos anunciando essa boa notícia, acolhendo a todos, também as pessoas que se encontram verdadeiramente com Cristo tem a vida transformada, passam a pensar diferente, a sentir diferente, a ter atitudes diferentes pelo encontro com o Senhor. Justamente isso é estar como fermento no meio da massa. E aquilo que nós escutamos no evangelho, que aparentemente poderia parecer algo impossível, torna-se possível para aqueles que buscam o Senhor e se deixam converter pela Palavra de Deus”, disse.

O Ano da Caridade também foi destacado pelo arcebispo como motivadora de uma mudança profunda de testemunho cristão para a construção de uma nova sociedade. “Um mundo novo é possível! E só é possível quando nos deixamos conduzir pelo Evangelho, pelos seus valores, pelos sinais daqueles que vivem o Evangelho na sociedade e colocam a Palavra de Deus em prática em todas as situações complexas em que vivemos”.

“Que possamos anunciar em nossas paróquias e comunidades essa proposta do Ano da Caridade, e realmente deixar que esse dom do Espírito Santo possa fazer e transformar a nossa vida e coração, para que o amor de Deus nos faça amar o próximo, nos faça retribuir todo o mal com o bem e terminar o círculo vicioso de males entre nós”, finalizou.

Réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida

Ao final da celebração, a réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, presenteada à Arquidiocese durante a JMJ, foi enviada ao seu próximo local de peregrinação: o Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição da Ajuda, em Vila Isabel.

No dia 13 de março, a imagem começou a sua peregrinação pela arquidiocese visitando as casas religiosas de dimensão contemplativa do Rio de Janeiro, a começar pelo Carmelo de Santa Teresa. O padre Gilvan André da Silva tem sido o responsável pela peregrinação da réplica pelos locais.

O objetivo da peregrinação, segundo motivação de Dom Orani ao final da missa, é reinflamar o espírito da Jornada Mundial da Juventude nos locais que foram de importante intercessão para a realização do evento. A peregrinação também faz parte de uma preparação da Arquidiocese pelos 300 anos da aparição de Nossa Senhora no Rio Paraíba (SP). Em 2017, ano da comemoração, o Papa Francisco deve visitar o Santuário Nacional, conforme anunciou em sua passagem pelo Brasil em julho do ano passado.

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