13/08/2018

Vocação é escuta!

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Só faz sentido se a nossa vocação nos direciona ao nosso chamado inicial que é a santidade.

“Veio o Senhor, pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! Falai, respondeu o menino, vosso servo escuta!” (1Sam 3,10). A nossa vocação é um chamado pessoal que passa pela nossa intimidade e escuta do Senhor. Muitas vezes, estamos como Samuel, escutamos, mas não sabemos quem nos chama, ou mesmo a nossa vocação está despertada, mas continuamos procurando outras vozes. É preciso discernimento, confiança, abandono e entrega.

Deus nos fala nas entrelinhas, nos mostra e nos revela a quê somos chamados, se é a um carisma específico dentro da Igreja ou a um determinado estado de vida, por exemplo. Para isso, é preciso que possamos olhar a nossa vivência com os olhos espirituais. Deus, desde o ventre materno, nos conhece e nos chama pelo nome, desde então somos formados e transformados pelo Espírito Santo, este que, conhecendo o nosso interior, nos move a conhecer a verdade da nossa vocação. Deus nos fala através das pessoas, mas também através da nossa rotina diária. A nossa vocação é forjada na vontade de Deus, se estamos fora dela, não estamos plenamente felizes e não encontramos a nossa vocação.

Cristo, que nos conhece, sabe o que dentro de nós gera fruto fecundo do seu amor. É importante lembrar que só tem sentido acolher uma vocação se nos comprometemos em mostrar a face de Cristo, em amar a Deus acima de todas as coisas e aos irmãos como a nós mesmos. Só faz sentido se a nossa vocação nos direciona ao nosso chamado inicial que é a santidade. Os santos nos ensinam com a vida que podemos ser santos dentro da realidade de cada vocação, na medida em que nos desprendemos de anseios pessoais, convertendo-nos ao verdadeiro chamado de Deus que é retornar sempre ao primeiro Amor.

Vocação é o amor que se doa, é o amor que não restringe tempo. Imagino a experiência da vocação maternal, a de, nas dores, no cansaço e nas resistências do corpo, ser amor para os pequenos. Também somos chamados, como crianças, a abandonarmo-nos sem medo nos braços do Pai, experimentando de um amor que nos  realiza e não nos impõe nada, mas faz com que sejamos tudo, tornando-nos realizados no Tudo para o qual vivemos.

Conceição Jaimara Lourenço Damascena

Noviça na dimensão de Aliança da Comunidade Mariana Boa Semente

Missão Quixeramobim (Sede)

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