Pedro, cabeça da Igreja e Paulo, o Apóstolo das nações!
por Durval Filho“Eis os Santos que em sua vida terrena fecundam com o próprio sangue a Igreja. Beberam o cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus” (Entrada da Missa).
“Eis os Santos que em sua vida terrena fecundam com o próprio sangue a Igreja. Beberam o cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus” (Entrada da Missa).
Pedro e Paulo, são ambos alicerces vivos da Igreja plantada com suas fadigas, com a incessante pregação e, por fim, fecundada com seu martírio. São envolvidos na mesma sorte de Jesus, presos pelas autoridades políticas, para se cumprir o que o próprio Mestre falou: “o discípulo não é maior que o Mestre” (Mt 10, 24) e “A mim perseguiram, perseguirão a vós também” (Jo 15, 20).
Cientes da própria condenação à morte, em suas palavras não se revelam a menor amargura, e sim uma serena alegria por saber que deu a vida pelo Evangelho: “Estou a ponto de ser imolado, e o instante de minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça” (2Tm 4,6-7).
As cadeias dos dois apóstolos atestam que só é verdadeiro discípulo de Cristo quem sabe enfrentar, por Ele, tribunais, perseguições e o próprio martírio. Mostram, ao mesmo tempo, que Cristo não abandona seus apóstolos perseguidos. Vem em seu auxilio para salvá-los dos perigos ou para socorrê-los em suas aflições.
“O Senhor me sustentou e me deu forças… O Senhor me livrará de todo mal e me levará salvo para o seu reino celestial” (2Tm 4, 17-18). Para o discípulo que, como Paulo, deseja unir-se a Cristo, o martírio é libertação, é a libertação definitiva que, através da morte, o introduz na glória do seu Senhor.
Assim como as prerrogativas de Pedro continuam a ser as do Papa, assim também devem as prerrogativas dos primeiros cristãos ser as dos fiéis de todos os tempos. Unidos a Cristo, pedra viva, e ao seu Vigário, pedra fundamental, são também eles pedras vivas, destinadas a edificar e sustentar a Igreja, e isto mediante a oração, particularmente pelo Papa, mediante a oferta de sacrifícios espirituais concretizados na plena fidelidade ao Evangelho, à Igreja, ao Vigário de Cristo, não obstante as dificuldades e perseguições, confiantes naquele que disse: “As portas do Inferno não prevalecerão” (Mt 16,18).
Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos. (Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo.)
Durval Filho
Consagrado na dimensão de Aliança da Comunidade Mariana Boa Semente
Seminarista do 3º ano de Teologia na Diocese de Quixadá
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