15/01/2016

Minha namorada quer transar. E agora?

por Felipe Aquino

Quando a sua namorada quiser transar, recorde-a de que sexo e amor não são mera curtição Recebi muitos comentários sobre o artigo “Meu namorado quer transar. E agora?”, sendo que alguns rapazes cristãos chamaram a minha atenção no sentido de que, hoje, as moças também estão, muitas vezes, exigindo “transar” no namoro, deixando-os em situação […]

Quando a sua namorada quiser transar, recorde-a de que sexo e amor não são mera curtição

Recebi muitos comentários sobre o artigo “Meu namorado quer transar. E agora?”, sendo que alguns rapazes cristãos chamaram a minha atenção no sentido de que, hoje, as moças também estão, muitas vezes, exigindo “transar” no namoro, deixando-os em situação difícil.

Em primeiro lugar, devo dizer que recebi o título do artigo da equipe do Portal da Canção Nova e pensei que devesse me limitar a ele; na verdade, eu poderia ter abordado o assunto de ambos os lados, das moças e dos rapazes.

No tempo do meu namoro,– que já vai longe!,– quase não se cogitava a possibilidade de uma moça exigir do namorado a realização do ato sexual; e os pais cuidavam disso muito de perto. Talvez por isso, inconscientemente, eu tenha me restrito ao tema do artigo proposto.

Um rapaz, que reclamou da parcialidade do meu artigo, disse-me que terminou o namoro com uma garota, porque ela exigia dele vida sexual. Na resposta a seu e-mail, a primeira coisa que escrevi foi um elogio a ele, com minhas congratulações por se comportar de verdade, corajosamente, como um jovem verdadeiramente cristão; algo não tão comum hoje em dia.

Nossos jovens cresceram sem receber a menor informação sobre o “brilho” da virtude da pureza; por isso, hoje, quase sem culpa, estão encharcados de sexo vazio.

Se o ato sexual no namoro não deve ser forçado pelo rapaz, muito menos pela moça, uma vez que ela é quem mais vai ficar marcada com esse comportamento. Ora, sabemos que a mulher é detalhista e não se esquece de nada que ocorra na sua vida, especialmente na área romântica.

Minha esposa, depois de 40 anos, ainda sabe a cor da camisa que eu usava quando comecei a namorá-la. Ela se lembra de tudo, dos detalhes, das músicas… Confesso que eu não me lembro de quase nada.

É preciso dizer aqui que a parte que mais sofre com a vida sexual fora de lugar é a mulher. A jovem, na sua psicologia feminina, não esquece os menores detalhes da sua vida amorosa. Ela guarda a data do primeiro encontro, o primeiro presente etc… Será que ela vai se esquecer da primeira relação sexual? É claro que não!

Como deve ser a primeira relação sexual?

A primeira relação deve acontecer num ambiente preparado, na lua de mel, quando a segurança do casamento a sustenta. A vida sexual de um casal não pode começar de qualquer jeito, às vezes, dentro de um carro numa rua escura ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição. O relacionamento sexual não é mera aventura ou sonho de verão, mas sim o selo de um compromisso de duas pessoas maduras que decidiram entregar a vida um ao outro e aos filhos até a morte. O sexo e o amor são a nascente da vida humana, e não uma mera curtição.

Além do mais, quando o namoro termina, as marcas que o sexo deixa ficam no corpo da mulher para sempre. Para o rapaz, tudo é mais fácil. Ele não precisa usar pílula anticoncepcional (que faz mal para a mulher), nem o DIU ou a pílula do dia seguinte, que é uma bomba de hormônio na mulher. O rapaz não corre o risco também de uma gravidez indesejada ou de procurar o crime do aborto para eliminar a criança que não devia ter sido gerada.

Eu me lembro de que, na década de 70, para diminuir os acidentes de trânsito, o Governo lançou um slongan: “Não faça de seu carro uma arma, a vítima pode ser você”. Podemos perfeitamente plagiar essa frase e dizer: “Não faça do seu corpo uma arma, a vítima pode ser você”. Já vi e ouvi muita moça chorar, porque brincou com o sexo. Não faça isso!

Para que serve o namoro?

O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma e não o seu físico. Para tudo há a hora certa, no momento em que as coisas acontecem com equilíbrio e com a bênção de Deus. Espere a hora do casamento, e então você poderá viver a vida sexual por muitos anos e com a consciência em paz, certa de que você não vai complicar a sua vida, a do seu namorado nem mesmo da criança inocente.

O bom para o namoro é uma vida de castidade, que é a melhor preparação para o casamento. Sem dúvida, um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal.

Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear. Na Carta aos Gálatas, São Paulo diz: “De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá” (Gl 6,7).

Peço que você faça essa experiência: veja quais são as famílias bem constituídas, veja quais são os casamentos que estão estáveis e verifique sob que bases eles foram construídos. Você verá que nasceram de casais de namorados que se respeitaram e não brincaram com a vida do outro.

Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino

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