25/06/2016

JOÃO BATISTA, RADICAL ATÉ A MORTE!

por Iali Nogueira Mendonça Consagrada na dimensão de Aliança na Comunidade Mariana Boa Semente

  O mês de junho é marcado por grandes festejos, começando com as festas de Santo Antônio de 01 a 13, seguindo com São João, 14 a 24 e finalizando com são Pedro e São Paulo, de 20 a 29. Essas comemorações recebem o nome de festas juninas, devido ao solstício de verão e após […]

 

O mês de junho é marcado por grandes festejos, começando com as festas de Santo Antônio de 01 a 13, seguindo com São João, 14 a 24 e finalizando com são Pedro e São Paulo, de 20 a 29. Essas comemorações recebem o nome de festas juninas, devido ao solstício de verão e após a vinda dos portugueses para o Brasil passou a ser conhecida pela comemoração dos festejos de São João.

Mas afinal quem é São João, ícone celebre da maior festa do nordeste brasileiro?

Nascido em 24 de junho em Jerusalém, filho de Isabel e Zacarias, João foi escolhido por Deus para ser aquele que prepararia não só o terreno geográfico daquela época, mas os corações do povo para a vinda de Jesus, era necessário que o povo endireitasse os caminhos pois o caminho que Jesus percorre é reto. Quando Maria concebeu Jesus e foi ao encontro de Isabel, sua prima, que estava com seis meses de gestação de João, ali ele já fez o primeiro anuncio de Jesus (cf Lc 1, 41-45).

João também marca o fim do antigo testamento e o começo do novo. Foi o último dos profetas, aquele que finalizou seu anúncio de conversão para que Jesus começasse a propagação da Boa Nova. Podemos perceber que Jesus só iniciou, de fato, o anúncio após a morte de João, nos mostrando que quando a evangelização é calada pelo mal ela surge de forma mais forte em outro local, nada pode parar o anúncio da salvação.

A vida de João foi marcada pela destruição da carne e elevação do espírito, uma vida de penitência onde viveu os três conselhos evangélicos, obediência, pobreza e a castidade. Fora Maria, Mãe de Jesus, foi o único que viveu o evangelho antes de ser anunciado por Jesus. Viveu no deserto em jejum comendo apenas insetos e mel silvestre, vestia pele de animais e a mais importante característica dele era a sua radicalidade no anúncio da conversão, ele não escolheu pregar de forma branda e doce, mas tocou nas feridas, desencobriu as mentiras, e viveu a luz da verdade nua e crua.

Tinha uma vida íntima com o Espírito Santo e muitas vezes ao pregar e batizar com água o povo nas margens do rio Jordão, era confundido com o próprio messias, no entanto ele reconhecia o seu lugar e mesmo sendo primo de Jesus dizia que não era digno nem de desamarrar as sandálias dos pés dele (cf Mc 1,7). E acreditem, ele foi uma das poucas pessoas que Jesus elogiou, comparando – o com o profeta Elias. João sem dúvida foi muito mais do que aquela imagem que vemos nos festejos juninos de uma criança singela com um cajado e um cordeirinho.

Nos tempos em que vivemos é necessário ter a coragem de João em proclamar o evangelho de forma radical e verdadeira nem que custe a nossa própria vida!

Encerro com uma pergunta reflexiva: Quantas festas de São João ainda serão necessárias para a conversão que o precursor pregava aconteça de fato nas nossas vidas?

Iali Nogueira Mendonça

Consagrada na dimensão de Aliança na Comunidade Mariana Boa Semente

Tecnóloga em Gestão Comercial pela Faculdade Leão Sampaio

Coordenadora da RCC – CEDRO

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