04/05/2016

Corações santos

por Formação Shalom

“Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e uma doçura que inebriam e uma luz maravilhosa que o envolve” São João Maria Vianney (Cura d’Ars). São Pedro Apóstolo, de forma magistral, aconselha: “Santificai Cristo em vossos corações” (1Pd 3,15). Sim, quando nosso coração está santificado e […]

“Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e uma doçura que inebriam e uma luz maravilhosa que o envolve” São João Maria Vianney (Cura d’Ars).

São Pedro Apóstolo, de forma magistral, aconselha: “Santificai Cristo em vossos corações” (1Pd 3,15). Sim, quando nosso coração está santificado e pronto para entronizar Cristo, como Senhor (1Pd 3,15), nossa vida está totalmente pronta para viver a alegria de Jesus (Lc 6,45). Em nosso coração não há espaço para outra coisa senão para o amor de Jesus (Jo 14,21), que nos é derramado pelo Espírito Santo (Rm 5,5). Desse modo, temos um novo coração (Ez 36,26), cheio de uma alegria que ninguém pode tirar de nós (Jo 16,22).

Alguém da sua casa, do seu círculo de amizades, do seu trabalho, ou da sua escola, já perguntou o motivo da esperança e da alegria que você tem demonstrado (1Pd 3,15)? Você acha estranha esta pergunta? Pois saiba que a nossa vida em Cristo e o nosso amor por Ele não conseguem ser mantidos apenas dentro do nosso coração santificado: em nosso coração, eles se avolumam e extravasam pelo nosso corpo todo. E essa alegria transbordante flui através de nós (Jo 7,38; 4,14) e vai contagiar o mundo triste, ressequido e carente das águas vivificantes do Espírito Santo (S1 63,2).

Vamos santificar Jesus em nossos corações (1Pd 3,15). Vamos dar testemunho, com nossas palavras e com nossas ações, da alegria que há em nossos corações (Lc 6,45). Vamos motivar as pessoas a buscarem a Jesus e a encontrarem a Sua alegria (Fm 20).

“Para São João Bosco, a conversão autêntica é inseparável da alegria; nem pode ser diferente, pois consiste em acolher Jesus e o Seu Santo Evangelho de que Deus é o nosso Pai e nos ama para sempre”. 

Cristo é a nossa completa alegria

“Disse-vos estas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa” (Jo 15,11).

Como vemos pelo ensinamento do Evangelho, Jesus veio para nos dar a Sua alegria, de modo que nós nos alegrássemos completamente (Jo 15,11). Entretanto, será que nós estamos interessados na alegria completa e duradoura que Jesus quer nos dar? Será que, a julgar pelas nossas vidas, não preferimos mais a alegria passageira e superficial do mundo, que não requer de nós tantos compromissos com a justiça, com a verdade e com o amor ao próximo? Sim, a alegria completa de Jesus também nos traz responsabilidades que nem sempre estamos dispostos a aceitar. Senão vejamos:

1. Jesus se alegra quando nós O obedecemos, nos esforçamos, e damos frutos para Ele (Mt 25,21.23). Será que nós nos alegramos por trabalharmos para Jesus e nos capacitarmos a receber tarefas cada vez mais difíceis?

2. Jesus se alegra quando um pecador é resgatado (Lc 15,5. 32). Será que nós estamos dispostos a nos arriscarmos para resgatar pessoas em situação de pecado, e conduzi-las à conversão?

3. Jesus mantém a alegria mesmo em meio às perseguições (Mt 5,12; Lc 6,23). Será que, se formos perseguidos por sermos fiéis a Jesus, sentiremos alegria?

Nosso Senhor Jesus Cristo quer compartilhar totalmente a Sua alegria conosco no Espírito Santo (Lc 10, 21; Jo 17,13), e a Sua alegria torna a nossa alegria completa (Jo 15,11). Ora, a alegria é um dos frutos do Espírito Santo (G1 5,22), que é dado aos que obedecem a Deus (At 5,32). Portanto, se formos obedientes e renunciarmos às nossas vontades (Lc 9,23), o Espírito Santo estará conosco, e a alegria de Jesus (Jo 17,13), e ninguém jamais poderá tirá-la de nós (Jo 16,22). Nossos nomes, então, para alegria de Jesus, estarão “escritos nos céus” (Lc 10,20). Nós podemos querer mais? (2).

Coração santo e verdadeira alegria somente em Jesus Cristo. Só Ele é a certeza absoluta de vida plena e eterna. Viver a intimidade profunda com Nosso Senhor é a nossa vocação radical.

“A vida cristã se define como uma vida com Jesus Cristo” (Papa emérito Bento XVI).

Notas

(1)   Santo Cura d’Ars. Ofício das Horas, 2ª leitura do dia 4 de agosto.

(2)   Um Pão, Um Corpo, 26/05/2011, p. 62.

Formação Shalom

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