Como anda sua autoestima?
por ShalomComo você a mede? Alta, baixa ou equilibrada? Procuremos entendê-la partindo da sua definição. 17 outubro 2018 A autoestima é reconhecida por muitos autores como um fator central responsável por um sadio equilíbrio socioemocional, e pode ser definida como a própria visão positiva que a pessoa tem de si mesma, visão esta que deve ser […]
Como você a mede? Alta, baixa ou equilibrada? Procuremos entendê-la partindo da sua definição.
A autoestima é reconhecida por muitos autores como um fator central responsável por um sadio equilíbrio socioemocional, e pode ser definida como a própria visão positiva que a pessoa tem de si mesma, visão esta que deve ser confrontada com a realidade. Ou seja, é o valor duradouro e a autopercepção que a pessoa tem (de si mesma).
Podemos descrevê-la tendo por base alguns critérios qualitativos: alta ou baixa; real ou irreal; autentica ou inautêntica; estável ou instável. As pessoas que experimentam um bom nível de bem-estar gozam de uma autoestima moderadamente alta, consciente dos seus pontos fortes e fracos, autentica naquilo que vive e não vulnerável às circunstâncias. Ao contrário, as pessoas que manifestam sinais de insatisfação consigo mesmas apresentam uma autoestima baixa, se desvalorizam, divagam em um conceito irreal de si mesmas, por consequência, não autentico com a realidade que vivem, desencadeando em uma espécie de suscetibilidade à primeira dificuldade ou desafio que aparece.
Muitos psicólogos concordam em afirmar que uma boa autoestima é fundamental para um “eu forte”, determinado, eficiente, de bem consigo mesmo. E vice-versa, alguém com uma pobre autoestima apresentará uma espécie de mal-estar interior, jamais satisfeita com aquilo que é e faz, não conseguindo dar um valor otimista a si mesma. E quando tal tendência é conectada com alguma situação de stress e dificuldade, tal vulnerabilidade se torna ainda mais forte.
O que fazer?
Primeiro com as pessoas que usufruem de uma saudável estima de si, é importante que estimulemos cada vez mais o seu crescimento e que os traços de tal sadia autoestima se façam presentes em todas as situações da sua vida: pessoal, relacional e comunitária, trabalho, enfim, que a sua capacidade de resiliência, de otimismo e assertividade renda serviço não só a si mesmo, mas que beneficie a quem está ao seu redor. Tais pessoas ajudam bastante no ambiente comunitário. Mas não nos esqueçamos de que estamos constantemente em construção, existirá sempre algo em nós que pode crescer ainda mais!
A autoestima é altamente relacionada com a experiência de sentir-se acolhido e aceito por parte de pessoas significativas para nós. Nossos pais e família têm um papel fundamental aqui, pois fazem parte dos nossos primeiros relacionamentos. É importante que esses primórdios sejam marcados pela experiência de sentir-se amado, amável e valorizado (apreciados). Vários sentimentos são interiorizados nesse período, e isso vai forjando uma boa estima de si.
Dicas para os pais
É importante que a família (pais): mostrem amor, estima e aceitação pelo próprio filho; corrijam sem ‘mortificações’ ou exclusão do filho como pessoa; sejam claros e firmes no dar e respeitar regras e deveres, sempre tendo presente suas necessidades; ensiná-lo desde cedo a ser realista e responsável diante dos seus pedidos e atos; adotar práticas educativas que tenham por base o diálogo e não o autoritarismo e que valorizem a opinião do próprio filho; encorajar o filho à autonomia, ajudando-o a fazer suas próprias experiências.
Autoestima e adolescência
Segundo alguns psicólogos, por volta dos oito anos, na fase escolar, a criança já pode experimentar alguns sentimentos de inadequação, insegurança e incapacidade que, se não forem resolvidos, podem intensificar-se e desembocar em um período adolescencial comprometido emotivamente. Durante a adolescência, segundo alguns estudos, será um período bastante desafiante no que diz respeito à autoestima, por conta das mudanças corpóreas (as mudanças na puberdade muitas vezes assustam, causam sentimentos de vergonha e etc.), sociais (lembremos que as experiências de pertença a grupos iniciam nessa fase) e identidade (até firmamos nossa identidade, vivemos tantos períodos vulneráveis) porém, a presença de um bom sustento de tais figuras significativas ajudará o adolescente a ultrapassar o seu período de crise. O crescimento da autoestima perdura por todas as fases da nossa vida, no entanto é na infância e adolescência que encontramos a sua “pedra fundamental”.
Autoestima exagerada
Para pessoas com uma autoestima exagerada, geralmente, são pessoas que trazem uma discrepância entre o eu ideal e o eu real. Talvez foram estimuladas de uma maneira errada na infância. Tais pessoas também precisam ser ajudadas. É terrível quando temos no ambiente comunitário irmãos exageradamente convencidos de si mesmos que não abrem espaço aos demais, que só eles se bastam e sabem tudo. Ajudá-lo a confrontar-se com a realidade, sair do mundo das ideias, mostrar que ser comunidade (construirmos juntos) é muito mais rico.
Aceitação de si
Enfim, o processo de aceitação de si necessita ser confrontado no concreto da vida. É ruim permanecer em uma constante baixa autoestima que nos faz ver tudo como uma ameaça, e que não vamos conseguir, que somos incapazes. É essencial que algo inicie a ser reintegrado e assim, pouco a pouco, a pessoa consiga admitir os dons que tem. Quanto mais reforçamos isso, mais será potencializada a certeza do que se tem, até que aquilo se torna algo firme e duradouro. Não nos esqueçamos, uma sadia autoestima e aceitação de si significa termos sobre nós mesmos uma visão real, positiva, aberta e flexível.
Rômulo Oliveira
BIBLIOGRAFIA
BECCIU M. – COLASANTI A. R. (2012). Troppo, poco o abbastanza? Alimentarsi in adolescenza. Milano: San Paolo.
DAZZI N. – LINGIARDI V. – GAZZILLO F. (a cura di). (2009). La diagnosi in psicologia clinica. Personalità e psicopatologia. Milano: Raffaello Cortina.
SANTROCK J. W. (2008). Psicologia dello sviluppo. Milano: McGraw-Hill.
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