13/04/2017

Tríduo Pascal

por Antônio Gomes Pimenta

Jesus continua a sua intensa jornada salvadora. Adentramos nos três últimos dias de sua vida. Esses últimos dias são fundamentais à nossa salvação. Jesus é agora o Servo Sofredor que, depois do sofrimento, triunfa sobre tudo e todos, conforme prometido nas profecias de Isaías (cf. Is 49, 5_ 55, 13).

Jesus continua a sua intensa jornada salvadora. Adentramos nos três últimos dias de sua vida. Esses últimos dias são fundamentais à nossa salvação. Jesus é agora o Servo Sofredor que, depois do sofrimento, triunfa sobre tudo e todos, conforme prometido nas profecias de Isaías (cf. Is 49, 5_ 55, 13). Quem contará o que fez o Filho de Deus nesse tríduo, não serei eu, mas sim o grande São João Paulo II. Eis o que ele diz:

“Caríssimos irmãos e irmãs!

Estamos na ‘Semana Santa’, a semana central do ano litúrgico, que nos prepara imediatamente para a celebração da Páscoa. (…), no qual se comemoram os eventos fundamentais da fé cristã: a instituição da EUCARISTIA, a Paixão e Morte de JESUS na cruz, a sua gloriosa Ressurreição.

Neste dia, quereria me deter-me a meditar sobre o mistério pascal, (…) reviveremos de maneira intensa e sugestiva.

A Quinta-feira Santa abre-se com a ‘missa crismal’, celebrada normalmente na Catedral de cada Diocese pelo Bispo juntamente com os seus presbíteros.  Durante essa liturgia são abençoados o Óleo dos enfermos e dos catecúmenos e é consagrado o Crisma. Esta Missa, chamada por isso ‘crismal’, é a manifestação solene da igreja local, que celebra o Senhor JESUS, Sacerdote do seu próprio sacrifício, oferecido ao PAI como supremo ato de adoração e de amor filial. E é portanto significativo que, em tão singular festa do Sacerdócio de CRISTO e dos seus Ministros, os presbíteros renovem de modo coral, diante do povo cristão, os compromissos e as promessas sacerdotais.

Depois, a Quinta-feira Santa recorda a ‘Instituição da EUCARISTIA’. Por esta razão se comemora, com comovida veneração e com grande participação espiritual, o evento da Última Ceia: faz-se memória do sacrifício de JESUS no Calvário, descobre-se de novo a dignidade do Sacerdote, que, graças à ordenação sagrada, age ‘in persona christi’ como ministro de salvação, e por fim medita-se sobre o mandamento novo do amor evangélico e do serviço aos irmãos (o lava-pés).

A realidade misteriosa da Eucaristia faz com que os crentes entrem no ‘projeto de DEUS Criador e Redentor. DEUS quis que seu FILHO unigénito se encarnasse para sempre entre nós, como nosso companheiro de viagem no caminho árduo rumo à eternidade.

Nas vicissitudes conturbadas do nosso tempo, é importante olhar a EUCARISTIA: ela deve construir o centro da existência dos Sacerdotes e das pessoas consagradas; a luz e a força dos esposos no cumprimento dos seus compromissos de fidelidade, de castidade de apostolado; o ideal na educação e na formação das crianças, dos adolescentes e dos jovens; o conforto e o apoio aos atribulados, aos doentes e a quantos gemem no Getsémani da vida. Para todos deve ser estímulo, a fim de realizar o testamento da caridade divina, em humilde e alegre disponibilidade para com os irmãos, como o Senhor ensinou com seu exemplo, lavando os és aos Apóstolos.

A Sexta-feira Santa é dia de dor e de tristeza, porque faz reviver a agonia terrível e a morte do CRUCIFICADO, após as humilhações da condenação e os ultrajes dos soldados e da multidão, após a flagelação, e coroação de espinhos e as atrozes lacerações da crucificação.

Meditando sobre CRISTO na cruz, o crente penetra no ‘tratado do abandono supremo’ e da ‘resignação infinita’. A longa, obscura e atribulada ‘sexta-feira Santa’ da historia encontra explicação na ‘Sexta-feira Santa’ do VERBO DIVINO crucificado. Com São Paulo, podemos afirmar: ‘A vida que agora vivo na carne, vivo-o na fé do FILHO DE DEUS, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim’ (Gal. 2, 20).

Olhando para Ele, como não considerar a gravidade da condição humana rebele a DEUS pelo pecado? Como não experimentar a misericórdia do Altíssimo que perdoa e redime mediante o sacrifício expiatório da cruz, dando assim significado autentico ao sofrimento humano? Só CRISTO, imolado por nós, podemos encontrar conforto e paz, sobre tudo na hora da prova.

O Sábado Santo é o dia do grande silencio: JESUS, morto na cruz, foi deposto no sepulcro.

Com o seu silencio arcano e trepidante, esta vigília orate prepara a Igreja para a ‘Vigília pascal’, mãe de todas as vigílias. Na noite, a Comunidade cristã, iluminada pela chama do fogo, reúne-se em torno do grande Círio, símbolo de CRISTO Ressuscitado, Senhor do tempo e da história.  Nele são acesas as velas dos féis e a luz resplandece sobre a assembleia, enquanto ressoa o anuncio da Ressurreição, o ‘precónio pascal’ ‘Exsultet’: ‘Exulte o coro dos Anjos…!’.

A Solene Vigília prossegue com varias leituras do Antigo e do Novo Testamento, que se concluem com o grande e jubiloso cântico do ‘Aleluia!’. Segue, então, a Liturgia batismal, com a benção da fonte sagrada, o canto das Ladainhas dos Santos, a renovação das promessas batismais, a administração do Sacramento do Batismo e da Crisma aos catecúmenos. A Liturgia da Noite extraordinária, que introduz na Solenidade da Páscoa.

Preparemo-nos, caríssimos irmão e irmãs, para bem celebrar o ‘Tríduo Sagrado’ que, com a eloquência das suas celebrações, recorda aos fiéis e à humanidade inteira o grande prodígio da Morte e Ressurreição de CRISTO, Ele é a nossa Páscoa, Ele é a Luz e a Vida do mundo.

Transtornados e incertos, os homens do nosso tempo desejam ardentemente o SENHOR, não raro de modo inconsciente. Com efeito, só CRISTO é o REDENTOR que dá a paz. E a Igreja faz suas as palavras do Apostolo: ‘Se confessares com a tua boca o SENHOR JESUS e creres no teu coração que DEUS O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo… Todo o que n’Ele não crer será confundido’ (Rm. 10, 9-11).

A história está em movimento continuo; os tempos mudam, registram-se novas conquistas e progressos, mas novas angustias apesentam-se no horizonte da humanidade sempre a caminho. A Verdade de CRISTO, porém, ilumina e salva, perdura no mudar dos eventos. O RESSUSCITADO e o SENHOR da história.

Caríssimos irmãos e irmãs! A Páscoa seja para vós e para todos os homens a festa da alegria e da esperança. A coragem da fé em CRISTO RESSUCITADO faça com que as dificuldades do viver quotidiano sejam superadas.

Com estes sentimentos, desejo a todos uma boa Páscoa, em CRISTO nosso SENHOR” (Alocução de uma Audiência geral das Quartas-feiras, em 12 de Abril de 1995).

A todos os leitores uma feliz e iluminada Páscoa!

Antônio Gomes Pimenta

Consagrado na dimensão de Aliança da Comunidade Mariana Boa Semente

Missão Quixeramobim (Sede)

 

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