03/09/2020

Papa reafirma empenho da Igreja católica na proteção da casa comum

por Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Francisco recebeu grupo de leigos empenhados no tema da ecologia e reforçou o empenho da Igreja na proteção da casa comum Da Redação, com Boletim da Santa Sé Papa destaca que a restauração da relação do homem com a natureza e o ambiente está atrelada à restauração de todas as relações humanas fundamentais/ Foto: […]

Papa Francisco recebeu grupo de leigos empenhados no tema da ecologia e reforçou o empenho da Igreja na proteção da casa comum

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa destaca que a restauração da relação do homem com a natureza e o ambiente está atrelada à restauração de todas as relações humanas fundamentais/ Foto: NicoWall-Pixabay

A Igreja Católica não tem soluções prontas, mas pretende participar plenamente do empenho pela proteção da casa comum e quer favorecer a conversão ecológica. Essas foram palavras do Papa Francisco ao receber em audiência, nesta quinta-feira, 3, um grupo de leigos franceses empenhados no tema da ecologia.

O tema foi discutido em reflexões que a Conferência Episcopal da França promoveu sobre a Laudato si’, reflexões das quais participou esse grupo de especialistas na área, que hoje foram recebidos pelo Papa.

No discurso entregue aos presentes, Francisco recordou o chamado a viver em uma casa comum, que sofre uma “inquietante degradação”. Mas alegra ver por quase toda parte a consciência sobre a urgência da situação e como o tema da ecologia está permeando cada vez mais o modo de pensar, embora ainda reste muito a ser feito e haja retrocessos.

Da sua parte, a Igreja Católica quer participar plenamente do empenho na proteção da casa comum, assegurou o Pontífice. “Ela não tem soluções prontas para propor e não ignora as dificuldades das questões técnicas, econômicas e políticas em jogo, nem todos os esforços que esse compromisso implica. Mas quer agir concretamente onde isso é possível e, sobretudo, quer formar consciências a fim de promover uma profunda e duradoura conversão ecológica”.

Francisco pontuou ainda como a fé oferece aos cristãos grandes motivações para a proteção da natureza, bem como dos irmãos e irmãs mais frágeis. “Estou certo de que a ciência e a fé, que propõem diferentes abordagens da realidade, podem desenvolver um diálogo intenso e frutífero”, acrescentou citando a encíclica Laudato sì.

Cabe ao cristão, frisou o Papa, respeitar a obra que o Pai lhe confiou, como um jardim a cultivar, a proteger e fazer crescer conforme seu potencial. “Neste jardim que Deus nos oferece, os seres humanos são chamados a viver em harmonia a justiça, na paz e na fraternidade, ideal evangélico proposto por Jesus”.

Ao ver a natureza unicamente como objeto de lucro e interesses, o resultado é o rompimento da harmonia e graves desigualdades, injustiças e sofrimentos, alertou o Santo Padre. Ele recordou as palavras de São João Paulo II para destacar a relação entre a terra e o homem, criados por Deus, bem com a necessidade de respeito à estrutura natural e moral.

“Portanto, tudo está conectado. É a mesma indiferença, o mesmo egoísmo, a mesma ganância, o mesmo orgulho, a mesma pretensão de ser o dono e o déspota do mundo que levam o ser humano, por um lado, a destruir espécies e a saquear os recursos naturais; por outro lado, a explorar a miséria, abusar do trabalho de mulheres e crianças, a derrubar as leis da célula familiar, a não respeitar mais o direito à vida humana desde a concepção até o fim natural.”

Com base nisso, o Papa destacou que não se pode ter a ilusão de querer restaurar a relação com a natureza e o ambiente sem restaurar todas as relações humanas fundamentais. “Não haverá uma nova relação com a natureza sem um ser humano novo e é curando o coração do homem que se pode esperar curar o mundo das suas desordens sejam sociais sejam ambientais”.

Francisco concluiu o discurso renovando o encorajamento pelos esforços em favor da proteção do ambiente e com uma mensagem de esperança. “Enquanto as condições do planeta podem parecer catastróficas e certas situações pareçam até mesmo irreversíveis, nós cristãos não perdemos a esperança, porque temos o olhar dirigido a Jesus Cristo”.

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