01/10/2020

3° DIA DO TRÍDUO AOS SANTOS ANJOS DA GUARDA

por Boa Semente

    1 – SINAL DA CRUZ   2 – VINDE ESPÍRITO SANTO…   3 – INTENÇÕES   4 – ORAÇÃO INICIAL   ESPÍRITO ANGÉLICO, ANJO DA GUARDA (de São Anselmo de Cantuária)   “O Espírito angélico, a cujos próvidos cuidados entregou-me Deus Nosso Senhor, rogo-vos que sempre queirais guardar-me e proteger-me, assistir e defender […]

 

 

1 – SINAL DA CRUZ

 

2 – VINDE ESPÍRITO SANTO…

 

3 – INTENÇÕES

 

4 – ORAÇÃO INICIAL

 

ESPÍRITO ANGÉLICO, ANJO DA GUARDA (de São Anselmo de Cantuária)

 

“O Espírito angélico, a cujos próvidos cuidados entregou-me Deus Nosso Senhor, rogo-vos que sempre queirais guardar-me e proteger-me, assistir e defender de todo assalto do demônio, quer eu esteja acordado, quer dormindo. Oh sim, assisti-me noite e dia, a toda e a todo momento, sede sempre ao meu lado onde quer que eu me ache.

Afastai para longe de mim todas as tentações de satanás, e, do misericordiosíssimo Juiz e Senhor Nosso, que vos constituiu meu guarda e a vós me confiou, obtende-me por vossa intercessão a graça, que de todo desmerecem os meus atos, de permanecer imune de toda culpa em minha vida. E se por infelicidade eu me encaminhasse para a estrada do vício, fazei por reconduzir-me pela senda da virtude ao meu divino Redentor.

Quando me virdes oprimido pelo peso das angústias, fazei-me experimentar a ajuda de Deus Onipotente. Peço-vos também, que me descubrais, se isto pode ser, o termo dos meus dias, e que não permitais que a minha alma, quando se desprender do corpo, seja aterrorizada pelos espíritos malignos, ou venha a ser objeto de escárnio para eles, ou deles seja presa desesperada. Não, não me abandoneis jamais, até que me tenhais conduzido ao céu, para gozar da vista do meu Criador, e ser eternamente feliz em companhia de todos os santos. Tal felicidade me seja dado atingir, mediante a vossa assistência e os merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.”Amém

 

5 – SOBRE OS ANJOS NO MAGISTÉRIO DA IGREJA

SANTOS ANJOS DA GUARDA (de Santo Afonso Maria de Ligório)

 

“Mandou os seus anjos junto de ti, para que te guardem em todos os teus caminhos” (Salmo 90, 11).

Sumário: Avivemos a nossa fé e lembremo-nos de que temos continuamente ao nosso lado um anjo, que nos ama sem sombra de interesse, e sempre está solicito por nós. Este príncipe celeste assiste-nos em todos os tempos, em todos os lugares, em todas as tribulações, e nem sequer nos abandona quando nos revoltamos contra Deus. É, pois, dever nosso honrá-lo pela nossa reverência, devoção e confiança. Mas infelizmente, quantos há que vivem completamente esquecidos dele, e o obrigam pelos seus pecados infames a cobrir o rosto!

 

  1. Diz São Bernardo que de três modos devemos honrar os santos anjos da guarda: pela reverência, pela devoção e pela confiança.

» Pela reverência; pois que estes santos espíritos e príncipes celestes estão sempre conosco e nos assistem em todas as nossas ações. Por isso que em atenção ao nosso anjo da guarda devemo-nos abster de toda a ação que desagrade aos seus olhos. Santa Francisca Romana via que o anjo que a acompanhava em figura humana cobria o rosto cada vez que observava em alguma das pessoas presentes uma ação ou palavra desordenada.

– Ah, meu santo Anjo da Guarda, quantas vezes pelos meus pecados vos fiz cobrir o rosto! Peço-vos perdão e suplico-vos que o alcanceis também de Deus; proponho nunca mais desgostar a Deus nem a vós, pelas minhas culpas.

» Em segundo lugar, devemos honrá-lo pela nossa devoção; por causa do respeito de que é digno e do amor que nos tem. Nenhum afeto de pai, de irmão ou de amigo pode igualar o amor que nos tem o anjo da guarda.

– Os amigos do mundo muitas vezes nos amam por interesse, e por isso facilmente se esquecem de nós no tempo das aflições, e muito mais quando os ofendemos. O nosso anjo da guarda ama-nos unicamente por dedicação; eis porque nos assiste mais ainda nas tribulações e não nos abandona, nem sequer quando nos revoltamos contra Deus. Procura então iluminar-nos, afim de que pelo arrependimento voltemos logo a Deus. Oh! Quanto vos devo, ó meu bom Anjo da Guarda, pelas luzes que me haveis comunicado! Oxalá vos tivesse sempre obedecido! Continuai a esclarecer-me; repreendei-me quando cair, e não me abandoneis até o derradeiro instante da minha vida.

 

  1. Em terceiro lugar devemos ter grande confiança no auxílio do nosso anjo da guarda. O amor do nosso Deus não se contentou com dar-nos seu Filho Jesus por nosso Redentor e a Virgem Maria por nossa advogada. Quis dar-nos também os seus anjos por nossas guardas, e lhes mandou que nos assistam em toda a nossa vida: “Mandou aos seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos”.

– Ó Deus de infinita misericórdia, que pudeste fazer mais para assegurar a minha salvação? Agradeço-Vos, ó meu Senhor. A Vós também, ó príncipe do paraíso, por me haverdes assistido durante tantos anos, apesar da minha pouca fidelidade e do meu pouco proveito. Eu vos esqueci; mas vós nunca deixastes de pensar em mim. Perdoai-me, meu bom Anjo, doravante não será mais assim. Proponho de hoje em diante consagrar-vos particular devoção. Quem sabe o caminho que me resta ainda a percorrer antes de entrar na eternidade? Fortalecei a minha fraqueza e continuai a proteger-me, afim de que sempre vos seja fiel. Anjo de Deus, que por benefício da divina providência sois meu guarda, esclarecei-me, protegei-me, dirigi-me e governai-me. Assim seja.

– “Deus onipotente e eterno, que, por efeito da vossa inefável providência, Vos dignastes designar um dos vossos santos anjos por meu guarda, concedei-me propício que seja sempre defendido pela sua proteção e possa ir um dia gozar, no céu, da sua eterna companhia.” – Fazei-o pelo amor de Jesus e Maria.

 

(Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo lll)

 

6 – SOBRE OS ANJOS NA VIDA DOS SANTOS

 

Ainda mais próximo de nós, encontramos São Pio de Pietrelcina, dotado de muitos dons místicos, inclusive o dos estigmas, isto é, as chagas da crucifixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e grande incentivador da devoção aos Anjos da Guarda. Em diversas ocasiões ele recebeu recados dos Anjos da Guarda de pessoas que, à distância, necessitavam de algum auxílio dele.

Um senhor de nome Franco Rissone, sabendo do constante empenho de São Pio para que houvesse maior devoção aos celestes custódios, todas as noites, do hotel onde estava hospedado, enviava seu Anjo da Guarda ao padre Pio para que lhe transmitisse as mensagens desejadas. Franco duvidava que o Santo ouvisse seus recados. Certo dia, ao se confessar com São Pio, perguntou: “Vossa Reverendíssima ouve realmente o que lhe mando dizer pelo Anjo da Guarda?”. Ao que o religioso respondeu: “Mas então julgas que estou surdo?”.

As incertezas de muitos com relação ao convívio de São Pio de Pietrelcina com os Santos Anjos, apesar de não indicarem confiança, serviam, entretanto, para ressaltar ainda mais esta sua familiaridade com os Anjos.

Certa senhora, de nome Franca Dolce, resolveu perguntar a São Pio o seguinte: “Padre, uma destas noites mandei o Anjo da Guarda tratar com Vossa Reverendíssima uns assuntos delicados. Veio ou não veio?”. Respondeu o confessor: “Julgas, porventura, que o teu Anjo da Guarda é tão desobediente como tu?”. A senhora, querendo saber mais, acrescentou: “Bom, então, veio; e o que é que ele lhe disse?”. São Pio respondeu: “Ora essa, disse-me o que tu lhe disseste que me dissesse”. Não contente com a resposta, a senhora tornou a perguntar: “Mas o que foi?”. São Pio respondeu: “Disse-me…”, e então repetiu com exatidão todas as palavras que a senhora ditara ao Santo Anjo, para surpresa dela mesma.

Ainda mais eloquente é o fato ocorrido com outra senhora, chamada Banetti, camponesa residente a alguns quilômetros de Turim, na Itália. No dia 20 de setembro, data em que se comemorava a recepção dos estigmas do padre Pio, era costume as pessoas mais devotadas do santo confessor lhe enviarem cartas das mais variadas partes da Itália e até de outros países.

A senhora Banetti não encontrou quem fosse à cidade para pôr sua carta no correio. Encontrava-se aflita por não poder enviar seus cumprimentos a São Pio. Lembrou-se, entretanto, da recomendação que lhe fizera o Santo, na última vez em que com ele estivera: “Quando for preciso, manda teu Anjo da Guarda ter comigo”. No mesmo instante dirigiu uma prece a seu celeste guardador: “Ó meu bom Anjo, levai vós mesmo os meus cumprimentos ao padre, pois não tenho outra forma de mandá-los”. Poucos dias depois, a senhora Banetti recebe uma carta vinda de San Giovanni Rotondo, lugar onde vivia São Pio, enviada pela senhora Rosine Placentino, com as seguintes palavras: “O padre pede-me que lhe agradeça em seu nome os votos espirituais que lhe enviaste”.

 

7 – PROTESTO AO SANTO ANJO DA GUARDA, EM PREPARAÇÃO PARA UMA BOA MORTE (de São Carlos Borromeu)

“Em nome da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu, infeliz e miserável pecador, protesto em vossa presença, ó Anjo Santo de Deus, que quero absolutamente morrer na Igreja Católica, Apostólica e Romana, em que morreram todos os santos, que até agora existiram, e fora da qual não há salvação. Assisti-me na hora da morte e fazei-me vencer o demônio, inimigo meu e vosso.

Protesto ainda, ó santo Anjo, que estou sob a vossa guarda e proteção: que quero partir desta vida com grande confiança em vosso socorro, e com firme esperança na misericórdia do meu Deus. Desbaratai naquele último momento os inimigos da minha salvação, recebei a minha alma quando ela se separar do meu corpo, e depois da minha morte fazei que me seja propício Jesus Cristo meu Salvador.

Protesto igualmente, ó santíssimo protetor meu, que com o mais vivo afeto desejo participar dos merecimentos de Jesus Cristo Nosso Senhor, e que espero obter a remissão dos meus pecados, por virtude de sua morte e paixão. Detesto quanto cometi de mal em pensamentos, como em obras e como em palavras. A todos os meus inimigos perdoo, e quero morrer no amplexo da santa Cruz, para mostrar que ponho toda a minha esperança na paixão do Salvador.

Protesto outrossim, ó amigo meu fidelíssimo, que me abandono aos vossos cuidados e afetuosa caridade no grande passo da minha morte, e que, embora seja verdade que desejo ir logo para o céu, estou entretanto pronto, para apagar com o sofrimento a enormidade dos meus pecados, estou pronto, digo, para suportar qualquer gênero de castigo que a divina justiça achar bem impor-me, ainda que fossem as mais atrozes penas do Purgatório. Assim, também estou pronto para abandonar os meus parentes, os meus amigos, o meu mesmo corpo e tudo aquilo que tenho de mais caro, a fim de mais depressa poder ir gozar de presença do meu Deus, e de testificar-lhe o quanto me pesa de o haver ofendido.

Protesto finalmente, ó Anjo sapientíssimo e vigilantíssimo guarda de minh’alma, que vos constituo procurador da minha última vontade e executor deste meu ato testamentário. Dizei a Jesus meu Salvador, no momento da minha morte, o que eu talvez já não poderei dizer, e é que creio tudo aquilo que crê a Santa Igreja, que detesto os meus pecados, porque lhe desagradam, que todos os deposito no seu misericordiosíssimo Coração, e que de sua infinita bondade espero perdão para eles: que de boa vontade morro porque assim Ele o quer, e abandono minha alma e minha salvação em suas mãos: que o amo sobre todas as criaturas e por toda a eternidade o quero amar.” Amém.

 

8 – ORAÇÃO FINAL 

 

ORAÇÃO AO NOSSO ANJO DA GUARDA (de Santo Afonso de Ligório)

 

“Deus mandou seus anjos vos guardar em todos os vossos caminhos” (SI 9). “Quanto vos devo, ó meu bom anjo, pelas luzes que me haveis comunicado! E eu, nem sempre vos obedeci.

Ah! Continuai a esclarecer-me, repreendei-me quando cair, e não me abandoneis até o derradeiro instante da minha vida. Ai! santo anjo, quantas vêzes vos obriguei, pelos meus pecados, a tapar a face! Perdão vos peço, e suplico-vos intercedais por mim junto do Senhor, porque estou resolvido a não desagradar mais nem a Deus nem a vós pelas minhas faltas.

Agradeço-vos, ó príncipe do paraíso, por me terdes assistido durante tantos anos. Eu vos esqueci, mas vós nunca deixastes de pensar em mim. Ignoro o caminho que me resta ainda a percorrer antes de entrar na eternidade.

Ah! Meu caridoso guarda, guardai-me na estrada do céu, e não cesseis de me auxiliar até que me vejais como companheiro vosso no reino dos escolhidos.” Amém.

 

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Fontes consultadas

– Livro: Santo Afonso Maria de Ligório. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Terceiro: Desde a Duodécima semana depois de Pentecostes até ao fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 370-372.

– Livro “A Criação e os Anjos”, Coleção “Conheça a sua Fé”, v.III.

– https://www.arautos.org/secoes/artigos/doutrina/anjos/os-anjos-na-vida-dos-santos-161945.

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