20/01/2020

Década recorde de aquecimento global, alerta continua

A Organização Metereológica Mundial (OMM) volta a lançar um alerta sobre a situação do meio ambiente. O ano de 2019 foi o segundo ano com as temperaturas mais altas registradas no mundo: esta tendência vem crescendo uma década após a outra. Em 2020 as previsões não são positivas

Cidade do Vaticano

Os grandes incêndios que destruíram parte da Amazônia ou ainda que devastaram a Austrália, serão as imagens mais impactantes do ano passado. Porém não foi o único fenômeno que alerta a mudança climática.

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O ano de 2019 também se caracterizou pelos recordes de maré alta, acidificação e aumento da temperatura dos oceanos, sem falar do furacão Dorian de categoria 5, ou a diminuição das geleiras. A Antártida está assistindo a um derretimento acelerado. Segundo imagens de satélites que monitoram o continente gelado, ele está perdendo 200 bilhões de toneladas de gelo por ano. O efeito imediato desse derretimento para o meio ambiente é o aumento global do nível do mar em aproximadamente 0,6 milímetros anuais – um número três vezes maior se comparado com os dados de 2012, quando a última avaliação foi feita.

Aumento do aquecimento global

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) é uma agência especializada das Nações Unidas. É a voz autorizada do sistema das Nações Unidas sobre o estado e o comportamento da atmosfera da Terra, sua interação com os oceanos, o clima que ela produz e a distribuição resultante dos recursos hídricos.

Para o ano de 2020 e a próxima década a Organização Meteorológica Mundial prevê outros eventos extremos, impulsionados pelas altas concentrações de gases de efeito estufa. Se as emissões de dióxido de carbono não mudarem, adverte a agência da ONU, a temperatura irá subir de 3 a 5 graus até o fim do século. Recordando que o CO² é particularmente prejudicial no contexto do aquecimento global, pois permanece na atmosfera por séculos – nos oceanos por mais tempo, segundo a organização.

Mais ambição para reduzir as emissões de CO2

Com base nos dados atuais, não é estimado que as emissões globais enfraqueçam até se as políticas climáticas existentes permanecerem inalteradas, pressupõe a OMM. Segundo a organização, resolver isso envolverá a promoção de fontes de energia não fósseis, uma vez que “produzimos 85% da energia global baseada em fontes fósseis – carvão, petróleo e gás e apenas 15% em energia nuclear, hidrelétricas e renováveis”, afirma o secretário-geral da agência da ONU, Petteri Taalas.

Porém a comunidade internacional está consciente e se mobilizou: em 2015, 200 países tinham assinado o Acordo de Paris, cujo objetivo é manter o aumento da temperatura abaixo dos 2 graus centígrados. Ainda assim, segundo os cientistas, se forem respeitados os compromissos, o aquecimento global poderia chegar a 3 graus centígrados. Cada meio grau adicional aumenta a intensidade e a frequência de ondas de calor, tempestades, secas ou inundações.

Mais ambição e mais compromisso

Por isso várias ONGs pedem para que seja acelerado o ritmo das reformas com o objetivo de manter o nível. Antonio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, também pede mais ambição e compromisso diante da emergência climática.

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