18/11/2017

Congresso no Vaticano: médicos, religiosos e leigos debaterão a eutanásia

Ainda no final deste ano, a Holanda, que foi o primeiro país a legalizar a eutanásia, deverá ter oferecido meios de facilitar a morte de mais de 7.000 pessoas que estavam aos cuidados de seus… médicos.

Ainda no final deste ano, a Holanda, que foi o primeiro país a legalizar a eutanásia, deverá ter oferecido meios de facilitar a morte de mais de 7.000 pessoas que estavam aos cuidados de seus… médicos.

Isso corresponde a um aumento de 67% a mais de mortes favorecidas, se fizermos uma comparação com os números de mortes provocadas há a cinco anos atrás.

Fala-se mais da eutanásia

Atualmente a eutanásia está legalizada em cinco países: Países Baixos, Bélgica, Colômbia, Luxemburgo e o Canadá.

Cada vez fala-se mais desse modo de pôr fim à vida de um paciente e, de acordo com Carlo Casalone, da Pontifícia Academia para a Vida, isto se deve aos avanços da medicina e a que se conhecem mais casos graças as diversas mídias.

É por isso que o Vaticano organiza um congresso que acontece entre hoje, 17, e amanhã, 18 de novembro, onde estão reunidos médicos e especialistas, religiosos e leigos.

Uma questão delicada…

Por exemplo, segundo a moral católica é necessário fazer a distinção entre a eutanásia e a interrupção de tratamento oferecido a doentes terminais.

Intervenção que provoca intencionalmente a morte

Para o padre Carlos Casalone, da Companhia de Jesus, que é médico cirurgião e teólogo, “o documento de 1980 da Congregação para a Doutrina da Fé, intitulado ‘Iura et bona’ eliminou o conceito de eutanásia ativa e passiva.

Chama-se eutanásia só a intervenção que provoca intencionalmente a morte. Caracteriza entre provocar a morte direta e intencionalmente. A eutanásia não é só um ato externo. Muito mais importante que isso é também a intenção”.

Não respeitar o preceito ‘não matarás’

Este documento, ‘Iura et Bona’, não considera tratar-se de eutanásia quando um enfermo terminal decide interromper um tratamento porque está agonizando. Neste caso ele não descontinua o tratamento com a intenção de morrer, mas para interromper uma cura que provoca dor sem obter resultados.

Casalone assegura que a resposta da Igreja diante desta situação será sempre a de recorrer aos cuidados paliativos. Mas o problema que surge é que nem todas as pessoas contam com os recursos econômicos ou sociais para receber estes cuidados paliativos:

“O primeiro elemento que devemos considerar é que os tratamentos paliativos avançaram muito e, portanto, existem modos de aliviar a dor e o sofrimento que são muito mais eficazes que no passado”.

“Acabar com a vida é um modo de não respeitar a o preceito ‘Não matarás’, que é um dos que estruturam nossa sociedade”.

Parentes e consequências

A propósito da eutanásia e as consequências delas nos parentes, existem estudos recentes segundo quais, 1 de cada 4 familiares de um paciente que morreu por aplicação da eutanásia desenvolvem casos de stress e desequilíbrios uma vez que se sentem culpados por ter deixado que o parente morresse.

Existem tantas perguntas e variáveis que é difícil discernir a nível ético, moral e espiritual, tanto para os médicos, quanto para os pacientes e familiares o que é certo e que é duvidoso.

A Pontifícia Academia para a Vida espera que a realização deste congresso ajude a resolver estas dúvidas.

Por Gaudium Press, com Rome Reports

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