05/09/2017

Viva Santa Teresa de Calcutá!

por Iali Nogueira Mendonça

Nem todo mundo dá banho em doentes e leprosos, mas pelo amor ela o fazia, pelo amor ela deixou suas dores de lado para cuidar do outro, pelo amor saciou não só de pão mas de palavra e presença a vida de muitos.

Mais do que falar e escrever, ela foi alguém que vivenciou, provou com ações concretas aquilo que o próprio Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer! ” (cf. Mt 14, 16). Estou falando de Madre Teresa de Calcutá! Nascida em Skopje, na Albânia, no dia 27 de agosto de 1910, batizada com o nome de Agnes Gonxha Bojaxhiu.

Aos 18 anos de idade, a corajosa Agnes decidiu doar a sua vida para o Senhor, consagrando-a através de votos religiosos na congregação Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.  Assim como Santa Teresinha de Lisieux, ela tinha um desejo ardente de ser missionária e de ajudar aos pobres, foi então que as suas superioras a enviaram para Índia para fazer a profissão dos seus votos e já assumir o apostolado de noviça. Na profissão dos seus votos, ela escolheu ser chamada de Teresa, em virtude de querer se espelhar em Santa Teresinha do Menino Jesus.

Mais tarde, foi enviada para Calcutá onde passou a lecionar no Colégio de Santa Maria, da Congregação de Nossa Senhora do Loreto, em seguida sendo nomeada diretora. No entanto, ela sentia que faltava algo na vida dela, foi então que no dia 10 de setembro de 1946 ela viveu uma experiência de encontro com o próprio Cristo: “Durante uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa se deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: ‘Tenho sede!’”. A partir desse dia, ela entendeu o que o Senhor lhe pedia e que ela seria feliz e completa fazendo a vontade dEle. Então, após um período de discernimento com o auxílio do Arcebispo de Calcutá e de sua madre superiora, ela saiu da Congregação de Nossa Senhora do Loreto e começou seu trabalho nas ruas de Calcutá.

Inicialmente, ela reuniu um grupo pequeno de cinco crianças em um bairro pobre e passou a lecionar para elas. Em poucos dias, o número de crianças carentes já se aproximava de cinquenta. Pode- se perceber que realmente o que vem de Deus gera frutos em abundância.

O início foi difícil, porém, sempre confiando na providência do Senhor que nunca falha, vários voluntários surgiram e começaram a organizar dispensários e escolas ao ar livre e, com tendência sempre crescente, fundaram inúmeros centros para cegos, idosos, leprosos, aleijados e moribundos. Dentre os próprios alunos as vocações para aquele carisma foram surgindo e, em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade (esse foi o nome dado a sua congregação). No dia 7 de outubro de 1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro, anos mais tarde.

O Senhor sempre honra aqueles que doam a sua vida pelo bem do outro! Por causa das suas ações, Madre Teresa recebeu inúmeros prêmios, medalhas, títulos e alguns deles foram o Prêmio João XXIII da Paz (1971) e o famosíssimo Nobel da Paz (1975). Foi também nomeada pelo Papa João Paulo II como sua embaixadora em todas as nações, fóruns e assembleias de todo o mundo.

Após uma vida de doação integral aos pobres de vários sofrimentos interiores e exteriores, Madre Teresa encerra sua jornada de missão aqui na terra e no dia 5 de setembro de 1997 vai ao encontro do Senhor.

A sua missão presente aqui na terra pode ter acabado, mas a sua missão como intercessora estava só começando. No dia 19 de outubro de 2003, ela foi beatificada pelo  Papa João Paulo II, após a comprovação de vários milagres pela sua intercessão – um deles foi o Milagre de um engenheiro de Santos/SP que estava com oito abscessos no cérebro e um quadro de hidrocefalia, acúmulo de água no cérebro. O médico que o atendeu marcou uma cirurgia. Na hora da operação, como faltava um equipamento, a cirurgia não foi realizada e foi remarcada para o dia seguinte. Enquanto o homem estava internado, a mulher dele foi até a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em São Vicente, e conversou com o padre Elmiran Ferreira, bastante abalada, pedindo auxílio. O padre deu para ela a medalhinha de Madre Teresa de Calcutá e pediu para ela rezar em nome da Madre Teresa. A mulher fez orações e colocou a medalhinha no travesseiro do marido, no hospital. “No dia seguinte, ele saiu do coma. A hidrocefalia reverteu, sumiu completamente e normalmente isso só acontece em caso de cirurgia. Era um estado gravíssimo. Não tem nenhum caso na história da literatura”.

O ensinamento que ela deixou para todos nós é nítido no seu testemunho de vida e de doação: FAZER CARIDADE!

Nem todo mundo dá banho em doentes e leprosos, mas pelo amor ela o fazia, pelo amor ela deixou suas dores de lado para cuidar do outro, pelo amor saciou não só de pão mas de palavra e presença a vida de muitos. Ela teve o que a sociedade de hoje não é capaz de ter: compaixão (sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor).

Por isso brademos juntos: Viva Santa Teresa de Calcutá!

Iali Nogueira Mendonça

Consagrada na dimensão de Aliança da Comunidade Mariana Boa Semente

Missão Iguatu

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