26/02/2020

Renascendo das Cinzas!

por Iali Nogueira Mendonça

Existe um momento que abre solenemente a Quaresma, tempo de penitência vivido pela Igreja: é a quarta-feira de Cinzas, que muitos ainda vivem, infelizmente, como continuação do Carnaval. Este sacramental (cinzas), desde muito tempo, significa o arrependimento dos pecados e a volta para Deus. Podemos até lembrar o livro de Jonas o qual fala que, […]

Existe um momento que abre solenemente a Quaresma, tempo de penitência vivido pela Igreja: é a quarta-feira de Cinzas, que muitos ainda vivem, infelizmente, como continuação do Carnaval.

Este sacramental (cinzas), desde muito tempo, significa o arrependimento dos pecados e a volta para Deus. Podemos até lembrar o livro de Jonas o qual fala que, em virtude do anúncio feito por ele à cidade de Nínive, o rei vestiu-se de pano de saco e sentou-se sobre as cinzas (cf. Jn 3,6). As cinzas também têm a intenção de nos lembrar que somos mortais, isto é, que aqui não é a nossa pátria, como diz em Gênesis: Somos pó e ao pó voltaremos. (cf. Gn 3,19).

Na Celebração Eucarística desse dia, vamos nos deparar com leituras nas quais Jesus nos recomenda a oração, o jejum e a esmola como exercícios de conversão para a Quaresma. (cf Mt 6, 1-18). O arrependimento é um dos significados das cinzas, tem o sentido de conversão, que consiste, sobretudo, no reconhecimento de nossas condições de criaturas, limitadas, mortais e pecadoras. No momento de sermos marcados com as cinzas, ouvimos a seguinte frase: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Crer no evangelho é seguir os conselhos de Jesus, fazer o que Ele nos pede, não só nesse período, mas durante a nossa vida inteira. Não podemos ver esse ato como simbolismo que acontece todos os anos, mas como a misericórdia de Deus que nos alcança em quaisquer circunstâncias, dando-nos a oportunidade de mais uma vez buscar a conversão e voltar para Ele.

Mas de onde vêm as cinzas usadas na Celebração? Elas são preparadas pela queima de palmas usadas na procissão de Ramos do ano anterior. Lembram, portanto, o Cristo vitorioso sobre a morte. A palma é símbolo de vitória e de triunfo. Assim, se os cristãos aceitam reconhecer sua condição de criaturas mortais, transformando-se em pó, passando pela experiência da morte, a exemplo de Cristo, pela renúncia de si mesmos, participarão também da vida que ressurge das cinzas.

Precisamos ser cinzas e muitos já podem estar vivendo um período de cinzas na vida. Sabemos que não é fácil, mas tenhamos em mente que a fé no Cristo Ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. Quando reconhecemos nossa humanidade necessitada da graça de Deus, Ele faz brotar das cinzas a vida nova. Isso é entrar na atitude pascal!

Iali Nogueira Mendonça

Consagrada na dimensão de Aliança da Comunidade Mariana Boa Semente

Tecnóloga em Gestão Comercial pela UniLeão

Missão  Quixeramobim

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