14/05/2018

Por que continuam a olhar o céu, esquecendo a terra?

por Shalom

Ascensão do Senhor é o subir de cada um de nós que desejamos sair do nosso egoísmo e pecados e queremos olhar para o céu.

A Igreja, no dia da Ascensão do Senhor, nos convida a ser comunicadores da verdade e da vida. Cristo sobe ao céu depois de ter passado quarenta dias entre nós, visitando, ensinando aos seus discípulos que eles não devem mais ter medo de nada e de ninguém e reavivando a sua presença de Salvador. Jesus não veio salvar uma dúzia de pessoas, mas a todos os que se abrem à graça e à luz da fé. A Ascensão é o subir de cada um de nós que desejamos sair do nosso egoísmo e pecados e queremos olhar para o céu, para contemplar o infinito, mas sem esquecer a terra, onde vivemos e onde somos convocados a torná-la prenúncio do Reino definitivo da paz e da justiça. Jesus vai e, daqui a uma semana, nos enviará o Espírito Santo para que sejamos fortalecidos na nossa fragilidade. Devemos olhar o céu sem esquecer a terra; olhar a terra sem esquecer o céu.

Jesus desceu do Céu e voltou para o Céu

Jesus, que tinha vindo do Céu, não podia ficar para sempre na Terra, devia voltar à sua pátria definitivamente e ocupar o lugar estabelecido pelo Pai. Jesus eleva-se da terra e desaparece entre as nuvens. Esta grande Epifania da glória de Jesus não nos permite esquecer a nossa responsabilidade. É preciso ser seus continuadores, seus anunciadores, seus profetas, suas testemunhas. Eu e você gostaríamos, quem sabe, de ficar neste êxtase místico, contemplando Jesus que sobe ao Céu, esquecendo os dramas da humanidade, a fome de milhões de pessoas. No entanto, é nossa responsabilidade fazer surgir o Reino de Jesus.

Aleluia! Aleluia!

O Aleluia que temos cantado tantas vezes ao longo deste tempo pascal hoje assume um sentido todo especial, é o grito de vitória sobre o mal, sobre a morte. É a vida, a ressurreição e a alegria de saber que o mal não será mais vitorioso. Aleluia seja o canto que murmuramos no coração todas as vezes que vencemos o mal em nós e nos outros.

Tudo está manifestado em Cristo Jesus

Paulo invoca a força do Espírito Santo para que conheçamos o mistério de Deus e para que possamos compreender a esperança, a qual fomos chamados, e o tesouro que nos é dado em Cristo Jesus. Tudo em Jesus nós recebemos, tudo em Cristo nos é dado. Cristo é o centro do nosso amor e nele conhecemos, de verdade, todos os mistérios escondidos nos séculos. Nós, pregadores do Evangelho, devemos nos convencer de que o anúncio não pode ser um momento para manifestar a nossa inteligência, os nossos conhecimentos, mas sim uma profissão de fé em Cristo Jesus. Quem nos escuta deve ter a certeza que nós cremos em Cristo, que amamos Cristo e que nele vivemos e somos. Quem crê em Cristo tem consciência de que está a serviço exclusivo da Igreja, corpo de Cristo.

Adorar Jesus é o início da missionariedade

Queremos ser anunciadores de Jesus, corajosos, destemidos. Mas, onde começa a missão? Começa na adoração a Jesus. Devemos nos prostrar com o rosto no chão e adorar Jesus, para que Ele nos envie, como um dia enviou os doze apóstolos e os discípulos por todo o mundo, para sermos missionários. Nada de mais belo do que ser missionário enviado por Jesus. Enviados não para inventar o Evangelho, mas para repetir o Evangelho com a vida. A consolação que Jesus dá aos missionários não é o sucesso, mas que Ele, o Cristo, estará sempre presente e que ninguém poderá nos impedir de ser cristãos. A festa da Ascensão é o envio missionário por parte de Jesus. Façamos alguns momentos de silêncio e peçamos a Ele: “Senhor, onde quer que eu anuncie o teu Evangelho?”

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