06/06/2018

Nossa história e nossas lutas por um namoro santo

por Gessé Cosmo e Edna Ribeiro

Neste caminho do namoro, aprendemos que não há somente beijos e abraços, mas que existem os defeitos pessoais de cada um que precisam, desde já, ser encarados com seriedade, paciência, compreensão, suportando um ao outro.

Vamos começar da raiz das coisas… estávamos na catequese nos preparando para a Crisma e daí iniciamos uma amizade comum, sem pretensões. Nosso catequista era da Comunidade Mariana Boa Semente (da qual hoje fazemos parte) e ele tem um projeto de vida, muito importante para a Igreja, que é formar jovens engajados, não deixar que façam somente os sacramentos e fiquem por aí. E um dos meios dentro deste seu projeto pessoal é a música, ou seja, ele forma jovens para tocar e cantar nas celebrações e missas das comunidades paroquiais.

Ele convidou-nos para ingressarmos naquele grupo de jovens que estavam aprendendo a cantar e a tocar e ao mesmo tempo para um grupo de oração da Renovação Carismática Católica chamado Juventude Vida Nova. A partir disto começamos a aprender a cantar (Edna) e a tocar (Gessé). Aprendemos um pouco e íamos servir juntos nas missas, celebrações, grupos de oração, etc. Mas o interessante disso tudo é que não estávamos nem aí um para o outro, no que se refere a algo mais que uma amizade. As pessoas ao nosso redor quase que estavam a nos obrigar a gostar um do outro, no entanto essa atitude acabou de uma certa forma a nos afastar um pouco mutuamente.

Em determinado momento, estávamos em missões diferentes, com outras amizades, mas ingressamos juntos, no mesmo dia, na Comunidade. Ela sentiu no postulantado um desejo de conhecer a Comunidade de Vida e até passou um período de um ano e meio. Eu (Gessé), porém, não senti nada em relação à sua decisão.

Depois deste período ela decidiu, após um discernimento, voltar para a Comunidade de Aliança. Neste momento eu estava inquieto em relação ao meu estado de vida e pedia a luz do Espírito para me indicar que decisão tomar. Entrei então em uma espécie de crise existencial, necessária até para eu dar um passo mais adiante em minha vida. E, aos poucos, Deus foi me indicando (por meio do auxílio da Comunidade) os caminhos. Foi, então, que dentro deste contexto eu comecei a olhar a Edna com outros olhos…, mas entreguei a Deus e à Virgem Maria o que eu estava sentindo. Após um período, conversei com meu acompanhador e partilhei tudo isso. Ele me deu algumas orientações e fui, aos poucos, intensificando minha aproximação com a Edna, até que combinei um dia para me declarar para ela.

Conversamos e ela me pediu para partilhar com sua acompanhadora. E enquanto isso não acontecia, ela começou a sentir um desejo de me conhecer melhor (pois até o momento ela não sentia por mim o mesmo que eu por ela). Depois que ela partilhou com sua acompanhadora, entramos em um discernimento, que começou no dia de Nossa Senhora Aparecida. Neste tempo de espera, pudemos crescer na amizade, na paciência, na fé, na esperança e na caridade (uma das formas que utilizávamos para estar juntos em missão era visitar o hospital uma vez por semana).

O discernimento durou 2 meses e 13 dias e começamos o namoro no aniversário de Jesus e da nossa Comunidade, no natal de 2015. E neste processo lutamos a cada dia para viver a castidade, para respeitarmos um ao outro, pois reconhecemos que o outro é templo do Espírito Santo.

Neste caminho do namoro, aprendemos que não há somente beijos e abraços, mas que existem os defeitos pessoais de cada um que precisam, desde já, ser encarados com seriedade, paciência, compreensão, suportando um ao outro. E os meios que nos ajudam neste processo de buscar a vontade de Deus são: a Santa Missa, o Santo Terço, a Oração Pessoal, presentes na nossa própria Igreja e que nossa Comunidade, desde cedo, tem nos ensinado.

Às vezes, nos deparamos com pessoas que acham que é impossível um namoro conforme o querer de Deus, mas nós experimentamos a cada dia que isso só se torna impossível se não lutarmos por meio da vigilância e da oração. Existem dias que é um verdadeiro desafio viver um namoro em Deus, pois nossa carne tenta nos conduzir ao pecado, mas uma das coisas que nos faz conhecer os nossos limites no namoro é expressar ao outro, por meio do diálogo, o que sentimos e respeitar isso, ou seja, quando começamos a perceber que a carne quer falar mais alto no namoro, então pedimos ao Espírito Santo para nos acalmar e evitamos situações que nos levem ao pecado.

Sabemos que, mesmo sendo jovens de Igreja, estamos vulneráveis ao pecado, somos santos pelo Batismo, mas existe a concupiscência em nós e lutamos vigiando e orando para não cairmos, pois, o “Espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26, 41).

Desde o início do namoro, sabemos que não estamos vivendo um momento de curtição, de ter alguém do lado para passar o tempo. Namoro é coisa séria, são duas vidas que estão em jogo, com sonhos e buscas de felicidade. É neste momento que, desde já, somos chamados a aprender que precisamos fazer o outro feliz, e não nos preocuparmos apenas com nossa felicidade particular. O namoro é uma preparação para o casamento e nós lutamos para viver santamente este tempo na certeza que se assim o fizermos estaremos preparando melhor o futuro matrimônio, a futura família. Namoramos há dois anos e seis meses e desejamos um dia nos casar se for a vontade do Senhor para nós, mas entregamos a Ele este nosso querer. Pedimos à Virgem Maria que nos ajude a viver um namoro santo, não somente nós, mas todos os casais de namorados. Feliz dia dos namorados e que Deus nos abençoe e Maria nos guarde! Amém!

Gessé Cosmo e Edna Ribeiro, membros da Comunidade Mariana Boa Semente, na dimensão de Aliança.

2 Comentários
  1. ANTONIO CIRNANDES RIBEIRO DE SOUZA disse:

    Que Jesus Cristo continue a abençoa-los.

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