29/08/2020

Leigos, o rosto de Cristo no mundo.

por Ávilla Alves

  Primeiramente, é necessário entender que a nossa primeira e fundamental vocação é a santidade, como disse São Paulo: “Deus nos desejou em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1, 4). Mas a busca da santidade não está desligada da vida cotidiana, muito pelo contrário, […]

 

Primeiramente, é necessário entender que a nossa primeira e fundamental vocação é a santidade, como disse São Paulo: “Deus nos desejou em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1, 4).

Mas a busca da santidade não está desligada da vida cotidiana, muito pelo contrário, ela se realiza no dia a dia. Daí, podemos entender a vocação Leiga, que inclui todos os cristãos (batizados), exceto os sacerdotes e religiosos. Seu apostolado e sua vocação pastoral específica são voltados para atuação nas condições de vida comum, isto é, da sociedade de forma geral. Os leigos, vivendo no mundo como solteiros, casados ou consagrados, são como fermento na massa chamados a construir o mundo, a ser o sal e a luz de Cristo nesta terra. Eles devem levar a luz de Cristo aos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça e de violência.

Eles têm como vocação própria procurar o Reino de Deus exercendo as mais diversas funções, assim, constroem o mundo pelo trabalho de forma com que possam contribuir para o louvor do Criador.  Isso nos indica que todo trabalho é feito antes de tudo para Deus, e lhe damos glória quando realizamos bem nossa profissão.

O leigo não desempenha uma atividade específica, ele pode atuar no mundo da política, da educação, da saúde, dos meios de comunicação, da economia, da cultura, das ciências, das artes, da realidade internacional, entre outros. Sua tarefa é transformar tudo isso conforme o projeto de Jesus Cristo, auxiliando na construção do Reino de Deus e vivendo fraternalmente.

Diz o nosso Catecismo que: “é especifico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus. A eles, portanto, cabe, de maneira especial, iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, às quais estão intimamente unidos, para que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor.” (n. 898)

O fiel cristão leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a humanidade. Com suas experiências de participação nos problemas, desafios e urgências do mundo, está sempre trazendo para a Igreja os desejos e as esperanças da humanidade de seu tempo e ao mesmo tempo enriquecendo o mundo com as sabedorias da Boa-Nova de Cristo que traz em si.

Sendo assim, todos os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, “eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo. Nas comunidades eclesiais, a ação deles é tão necessária que sem ela o apostolado dos pastores não pode, o mais das vezes, obter seu pleno efeito”. (CIC §900)

A vocação dos leigos na Igreja não é menos importante que a vocação religiosa, já que eles trazem consigo a experiência do mundo. Unir as obrigações do dia a dia com os deveres cristãos torna a fé mais forte e aumenta a proximidade com Deus. Os cristãos leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja e devem ter uma consciência clara, de não somente pertencerem à Igreja, mas de “serem” Igreja. O leigo chega onde o sacerdote não chega. Cada batizado é um missionário, é um vocacionado nato. Essa importância ultrapassa as portas da Igreja.

Deus deu a cada um de nós talentos individuais para que possamos desempenhar uma atividade necessária para os outros. Cabe a cada um de nós identificarmos esses dons e seguir a profissão com a qual tem domínio e interesse, sendo aquilo que a Igreja precisa. Levemos Cristo àqueles que estão mais distantes da Igreja. Sejamos a voz de Deus nesse mundo conturbado em que vivemos.

Que Deus os abençoe e Maria os guarde!

Ávilla Alves

Postulante da dimensão de Aliança da Comunidade Mariana Boa Semente

Missão Quixadá-CE

 

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