05/03/2019

Abel e suas primícias… nós e nosso melhor!

por Gessé da Silva Cosmo

Contudo, Deus agradou-se da oferta de Abel porque ele estava dando o seu melhor, ele deu as primícias do seu trabalho.

Até algum tempo atrás, eu ficava intrigado com a passagem de Gênesis, capítulo 4, pelo simples fato de Deus aceitar a oferta de Abel e não a de Caim. Eu não conseguia entender (na minha ignorância) por qual o motivo o Senhor preferiu um em detrimento do outro, pois, se fosse eu (ficava a imaginar), me agradaria com a oferta de Caim, já que não quereria aquelas gorduras que Abel estava oferecendo. Quando penso no que eu pensava, dá vontade até de rir!

Contudo, Deus agradou-se da oferta de Abel porque ele estava dando o seu melhor, ele deu as primícias do seu trabalho. Emmir Nogueira e Leandro Zanandrea, ambos da Comunidade Católica Shalom, escreveram um livro denominado O Segredo da Divina Providência, em que retratam o uso evangélico dos bens, e em um de seus capítulos há uma reflexão muito interessante (p. 252) acerca dos dois irmãos do Gênesis:

“O texto bíblico deixa claro que Abel ofertou as primícias de seu rebanho, o melhor, o que não havia ainda sido usado. Todavia, não deixa claro que Caim ofertou as primícias de sua colheita. Sugere que ele, tendo usufruído dos primeiros frutos, ofertava a Deus frutos certamente bons, mas não os primeiros. Serviu-se dos primeiros frutos que, por direito, respeito e adoração, eram de Deus. Isso se deduz do texto principalmente pelo fato de Deus não se ter agradado de sua oferta”.

Pelo pouco que trouxe até aqui, podemos fazer uma reflexão para a nossa vida: daquilo que faço, reservo com amor o primeiro para Deus? Estou colocando Deus em primeiro lugar na minha vida? O que estou retendo para mim é o que é de Deus ou dos irmãos? Com base nestas objeções, podemos até fazer um bom exame de consciência.

Quando retemos aquilo que deveria ser por “direito, respeito e adoração” a Deus ou por “direito” pelo menos aos nossos irmãos, estamos caindo no abismo da idolatria, do orgulho e do egoísmo. Jesus mesmo nos fala que não podemos servir a Deus e ao dinheiro.

Ao dar o nosso melhor, o melhor dos nossos esforços, o melhor do que ganhamos no nosso trabalho, o melhor do nosso amor, o melhor de nós, Deus se agrada de nossa oferta. Devemos ter cuidado para não pensar que Deus fica satisfeito somente com as coisas que fazemos, pois isso não é verdade. Ele fica satisfeito mesmo se fazemos tudo isso com amor e por amor a Ele, pois como nos diz São Paulo nada adiantaria se fizéssemos tudo sem caridade.

Meus irmãos, vamos em frente com Abel dando o nosso melhor! Deus nos deu Jesus que se ofertou por nós de uma vez por todas e agradou-O infinitamente, de modo que já nenhum cordeiro precisa ser imolado. Que nossa oferta a Deus seja Jesus e que façamos esta oferta por meio de Maria, pois Ele é o Amor que se encarnou nela e por ela em nós. Então, ofertemos a Deus o Amor, que é Jesus presente em nós em tudo o que fizermos, pois o que fazemos é com Ele, por Ele, para Ele e nEle. Amém!

Que Deus lhes abençoe e Maria lhes guarde!

Gessé da Silva Cosmo

Consagrado na dimensão deAliança da Comunidade Mariana Boa Semente

Missão Pedra Branca

1 Comentário
  1. Karolyne Araújo do Nascimento Silva disse:

    Amei o artigo! Obrigada irmão

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