19/07/2017

A aridez na oração

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Quando concedo graças especiais e consolações com o fim de te aproximar mais de mim, ficas inundado de alegria e de desejo de me servir. Nada te parece difícil, nem penitência, nem jejuns, nem programa de oração. Mas chega o momento de provar teu amor. Aos poucos retiro minhas consolações e então a aridez, a […]

Quando concedo graças especiais e consolações com o fim de te aproximar mais de mim, ficas inundado de alegria e de desejo de me servir. Nada te parece difícil, nem penitência, nem jejuns, nem programa de oração.

Mas chega o momento de provar teu amor. Aos poucos retiro minhas consolações e então a aridez, a secura, o sentimento de ineficácia de tua oração toma conta de ti freqüentemente. Amas a mim ou as minhas consolações? Continuarás a rezar mesmo quando o gosto da oração desaparecer?

No estado de aridez quererias rezar como antes, mas falta a paz e a alegria de antes. Quererias concentrar tua atenção em mim e não o consegues. E por isso parecer-te-á que não estás rezando, que não estás fazendo nada a não ser perdendo tempo. E começarás a querer fazer qualquer outra coisa, como “atos forçados” de oração e quando estes também não trazem fruto prático, queres voltar à leitura, ao estudo ou à conversa com outrem. Poderás chegar mesmo a um profundo desgosto só em pensar na oração.

É uma prova pela qual quero conhecer se rezas porque é minha vontade, ou se porque rezando te sentes bem, devoto e tranqüilo.

Quando te provo desta forma, como tua oração se torna difícil e árida, sem gosto! Tua alma se arrasta dolorida e cansada, faminta e às vezes desejando morrer por amor de mim.

Queres contemplar a verdade, cantar meus louvores, agradecer e exprimir teu amor. E justamente porque me amas tanto, vendo quanto te amo, a dor em tua alma é como a de uma ferida aberta. Confia em mim. Estou formando tua oração. Tem confiança em mim. É o momento difícil. Persevera. Nestas ocasiões, quando parece que nada tens para me dar a não ser tua vontade árida e quando a ofereces com toda tua generosidade, ainda que dolorido, então és imensamente amado por mim. Na verdade estou te ajudando, observando-te com ansiedade, compadecido de teu sofrimento, desejoso de premiar-te, pronto para diminuir teu sofrimento no momento que parecer mais conveniente.

Nestas ocasiões precisas de paciência na oração, de ficar contente com o que te dou.

Se te sentires distraído e curioso por saber como estás rezando, simplesmente volta tua atenção com toda a tranqüilidade para a minha presença em ti.

Quão bem Francisco de Sales conhecia meu espírito, quando dizia: “Permanece na oração e quando as distrações sobrevêm, se podes, procura, delicadamente, afastá-las; se não podes, enfrenta-as com a melhor disposição e deixa que as moscas te perturbem quanto quiserem, enquanto estás falando com Deus. Ele não se preocupas com isto. Podes afugentá-las com um gesto delicado, mas sem agitação ou impaciência porque isto te perturbaria” (Carta de São Francisco de Sales a Santa Joana Francisca de Chantal).

E noutro lugar: “Alguém pode continuar na presença de Deus, não somente ouvindo-o, vendo-o ou falando com ele, mas também esperando que lhe apraza olhar para nós, falar conosco, ou que nós falemos com ele, ou mesmo não fazendo outra coisa a não ser simplesmente ficar onde lhe apraz que fiquemos e porque lhe apraz que fiquemos ali.” (Tratado do amor de Deus).

Remédios para aridez

– Viver com generosidade a vida espiritual. Não parar na aridez.
– Ser fiel na oração e no amor de Deus.
– Fazer a oração sempre e com amor. “Deus já me mostrou tanto o seu amor… Agora sou eu que vou dar a Ele um pouco do meu tempo e do meu amor.”
– Revisão da minha vida

Wagner Dantas, com informações e adaptações do livro “Cristo minha vida”

http://www.comshalom.org

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